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RATING: 2.43
Uma mulher de 45 anos apresenta-se ao seu médico de família queixando-se de edema nos membros inferiores. A temperatura dela é 36,7 ° C, a pressão arterial é 150/90 mm Hg, a frequência cardíaca é 80/min e a frequência respiratória é 14/min. Além de edema depressível 1+ em seus tornozelos bilateralmente, ela tem estertores difusos nos pulmões. Nega falta de ar, dor no peito ou ortopneia. Os exames laboratoriais indicam albumina de 1,8 g/dL (normal: 3,5-5,5 g/dL), um colesterol total de 200 mg/dL, e um nível de proteína C de 2,1 µg/mL (normal:> 4 µg/mL). O exame de urina revela proteinúria importante. Qual dos seguintes distúrbios é mais frequentemente associado a esta apresentação?
A. Consumo de álcool
INCORRETO: O consumo agudo de álcool está associado a distúrbios eletrolíticos significativos, como hiponatremia e
hipocalemia. Daqueles alcoólatras que progridem para a cirrose, alguns podem sofrer de insuficiência renal induzida pelo fígado (síndrome hepatorrenal); no entanto, não há associação conhecida entre o consumo de álcool e síndrome nefrótica.
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B. Asma
INCORRETO : A asma não está associada ao desenvolvimento da síndrome nefrótica.
C. Diabetes mellitus
CORRETO : Este paciente exibe edema pedal e pulmonar, hipoalbuminemia, hiperlipidemia, diminuição dos níveis de proteína C e proteinúria. Esta constelação dos achados são típicos da síndrome nefrótica. Outras anormalidades importantes observadas neste distúrbio incluem hipercoagulabilidade (secundária a a diminuição do efeito anticoagulante da proteína C), soro com aspecto leitoso e urina espumosa. A causa mais comum de síndrome nefrótica em adultos é o diabetes e nefropatia diabética subsequente.
D. Hipertensão
INCORRETO : A nefroesclerose hipertensiva é um fenômeno bem conhecido que normalmente leva a insuficiência renal progressiva e proteinúria leve, porém, não está associado a síndrome nefrótica franca.
E. Doença de mudança mínima
INCORRETO : Doença com lesões mínimas é, de longe, a causa mais comum de síndrome nefrótica em crianças, mas na verdade é muito menos comum em adultos, nos quais é inclusive mais grave. A síndrome nefrótica é uma tríade de proteinúria (> 3 g/24 horas), hipoalbuminemia (< 3,0 g/dL) e edema periférico. Hiperlipidemia e doença trombótica também são vistos com frequência..
Gabarito: C
RATING: 2.97
(I) Enumeram as quatro condições obrigatórias que um método contraceptivo deve ter. (0,3 pontos)
(II) Define os métodos de contracepção comportamentais (0,1 pontos)
(III) Em que situações o clinico deve recomendar como método contraceptivo o coito interrompido? (0,1 pontos)
FONTE:
1) Qual é a principal suspeita diagnóstica? A maior suspeita é de acidente escorpiônico............0,3 p;
COMENTARIO: (não vai ser pontuado ou incluido na resposta obrigatoria)Os acidentes por Tityus serrulatus são mais graves que os produzidos por outras espécies de Tityus no Brasil.
A dor local, uma constante no escorpionismo, pode ser acompanhada por parestesias. Nos acidentes moderados e graves, observados principalmente em crianças, após intervalo de minutos até poucas horas (duas, três horas), podem surgir manifestações sistêmicas. As principais são:
- Gerais: hipo ou hipertermia e sudorese profusa.
- Digestivas: náuseas, vômitos, sialorréia e, mais raramente, dor abdominal e diarréia
- Cardiovasculares: arritmias cardíacas, hipertensão ou hipotensão arterial, insuficiência cardíaca congestiva e choque
- Respiratórias: taquipnéia, dispnéia e edema pulmonar agudo.
- Neurológicas: agitação, sonolência, confusão mental, hipertonia e tremores.
O eletrocardiograma é de grande utilidade no acompanhamento dos pacientes.
Pode mostrar taquicardia ou bradicardia sinusal, extra-sístoles ventriculares, distúrbios da repolarização ventricular como inversão da onda T em várias derivações, presença de ondas U proeminentes, alterações semelhantes às observadas no infarto agudo do miocárdio (presença de ondas Q e supra ou infradesnivelamento do segmento ST) e bloqueio da condução atrioventricular ou intraventricular do estímulo.
Estas alterações desaparecem em três dias na grande maioria dos casos, mas podem persistir por sete ou mais dias.
O encontro de sinais e sintomas mencionados impõe a suspeita diagnóstica de escorpionismo, mesmo na ausência de história de picada e independente do encontro do escorpião. A gravidade depende de fatores, como a espécie e tamanho do escorpião, a quantidade de veneno inoculado, a massa corporal do acidentado e a sensibilidade do paciente ao veneno. Influem na evolução o diagnóstico precoce, o tempo decorrido entre a picada e a administração do soro e a manutenção das funções vitais. Com base nas manifestações clínicas, os acidentes podem ser inicialmente classificados como:
2) Quais são as medidas imediatas, sendo que a suspeita foi confirmada depois, achando-se a provável causa justamente no domicilio da criança?
- Leves: apresentam apenas dor no local da picada e, às vezes, parestesias.
- Moderados: caracterizam-se por dor intensa no local da picada e manifestações sistêmicas do tipo sudorese discreta, náuseas, vômitos ocasionais, taquicardia, taquipneia e hipertensão leve.
- Graves: além dos sinais e sintomas já mencionados, apresentam uma ou mais manifestações como sudorese profusa, vômitos incoercíveis, salivação excessiva, alternância de agitação com prostração, bradicardia, insuficiência cardíaca, edema pulmonar, choque, convulsões e coma. Os óbitos estão relacionados a complicações como edema pulmonar agudo e choque.
Tratamento Sintomatico
Consiste no alívio da dor por infiltração de lidocaína a 2% sem vasoconstritor (1 ml a 2 ml para crianças; 3 ml a 4 ml para adultos) no local da picada ou uso de dipirona na dose de 10 mg/kg de peso a cada seis horas. (0,025 p)
Os distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos devem ser tratados de acordo com as medidas apropriadas a cada caso.(0,025 p)
Tratamento especÌfico
Consiste na administração de soro antiescorpiônico (SAEEs) ou antiaracnídico (SAAr) aos pacientes com formas moderadas e graves de escorpionismo, que são mais freqüentes nas crianças picadas pelo Tityus serrulatus (8% a 10 % dos casos). Deve ser realizada, o mais precocemente possível, por via intravenosa e em dose adequada, de acordo com a gravidade estimada do acidente. O objetivo da soroterapia específica é neutralizar o veneno circulante. (0,025 p)
OBSERVAÇÃO:A dor local e os vômitos melhoram rapidamente após a administração da soroterapia específica.
A sintomatologia cardiovascular não regride prontamente após a administração do antiveneno específico.
Entretanto, teoricamente, a administração do antiveneno específico pode impedir o agravamento das manifestações clínicas pela presença de títulos elevados de anticorpos circulantes capazes de neutralizar a toxina que está sendo absorvida a partir do local da picada. A administração do SAEEs é segura, sendo pequena a freqüência e a gravidade das reações de hipersensibilidade precoce. A liberação de adrenalina pelo veneno escorpiônico parece proteger os pacientes com manifestações adrenérgicas contra o aparecimento destas reações.
Manutenção
Os pacientes com manifestações sistêmicas, especialmente crianças (casos moderados e graves), devem ser mantidos em regime de observação continuada das funções vitais, objetivando o diagnóstico e tratamento precoces das complicações.(0,025 p)
A bradicardia sinusal associada a baixo débito cardíaco e o bloqueio AV total devem ser tratados com injeção venosa de atropina na dose de 0,01 a 0,02 mg/kg de peso. (0,025 p)
A hipertensão arterial mantida associada ou não a edema pulmonar agudo é tratada com o emprego de nifedipina sublingual, na dose de 0,5 mg/kg de peso. (0,025 p)
Nos pacientes com edema pulmonar agudo, além das medidas convencionais de tratamento, deve ser considerada a necessidade de ventilação artificial mecânica, dependendo da evolução clínica. (0,025 p)
O tratamento da insuficiência cardíaca e do choque é complexo e geralmente necessita do emprego de infusão venosa contínua de dopamina e/ou dobutamina (2,5 a 20 mg/kg de peso/ min), além das rotinas usuais para estas complicações.(0,025 p)
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