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TAÍS, 31 anos, apresentou perda da consciência há algumas semanas.
Diabetes mellitus desde os 8 anos. Há três meses apresentou glicemia de jejum de 150mg/dl, hemoglobina glicada (método HPLC) de 8,3; proteinúria (++). Seu médico sugeriu intensificação das atividades aeróbicas e ajustou as doses de insulina para 40U de insulina NPH humana + 5U de insulina regular, antes do desjejum e 10U de NPH humana + 10U de insulina regular 30 minutos antes do jantar. Após algumas semanas, os níveis de glicemia de jejum passaram a variar entre 70 e 90 mg/dl e a média nunca ultrapassou 150mg/dl. Há três semanas, pela primeira vez na vida, apresentou palpitações, seguidas de perda da consciência. Recuperou-se rapidamente e foi levada à Emergência, aonde chegou acordada, lúcida, sem lesões traumáticas e com leves abalos clônicos faciais. Foi medicada com glicose intravenosa. Posteriormente teve 3 episódios de náuseas, sudorese, palpitação e borramento da visão, porém sem perda da consciência. Ganhou 3 Kg nos últimos meses. Refere trabalhar muito, por vezes não consegue almoçar, fazendo “lanche” e não tem condições de se automonitorar. Tinha crises de hipoglicemia na infância. Nega tabagismo, etilismo ou uso de drogas ilícitas.
Peso: 72Kg. Sinais Vitais: Tax =36ºC, PA= 126 x 76 mmHg, FC = 62 bpm, FR = 15 irpm. Fundoscopia normal. Exame físico sem alterações.
Exames laboratoriais: Hemoglobina: 15.3 g/dl; leucometria: 5.500 mm3 (diferencial normal), uréia 20 mg/dl, creatinina 1,0 mg/dl; glicemia de jejum 66mg/dl; colesterol total 160 mg/dl, HDL 45 mg/dl, LDL 100 mg/dl, triglicerídeos 120 mg/dl, hemoglobina glicada 8,0%; EAS normal; microalbuminúria = 42 mg/24 horas; cortisol sérico (60 min após teste da cortrosina) 25μg/dl.
Eletrocardiograma (ECG) de repouso
1. O achado do ECG:
a) justifica síncope cardíaca por mecanismo de reentrada através de vias acessórias ao nódulo AV
b) deve ser complementado por ecocardiograma para caracterizar a etiologia da síncope.
c) caracteriza síncope por ação vasovagal
d) afasta etiologia neurocardiogênica2. Com relação à função renal desta paciente, pode-se afirmar que:
a) é normal
b) encontra-se no estágio I de doença renal crônica
c) somente pode ser avaliada após a realização de ultrasonografia renal
d) encontra-se alterada por redução da taxa de filtração glomerular3. Nesta paciente, o uso do IECA para nefroproteção:
a) não está indicado, pois a PA é menor que 130 x 80 mm Hg
b) está indicado pelos valores de microalbuminúria
c) somente estará indicado se o clearance de creatinina for menor que 60 ml/min
d) deve ser utilizado em associação com antiadesivo plaquetário4. Em relação à terapêutica com insulina nessa paciente, pode-se afirmar que:
a) o uso prolongado de insulina exógena, com formação de anticorpos anti-insulina, é a causa mais provável do perfil glicêmico encontrado
b) deve ser feita em associação com acarbose antes de dormir
c) a redução da dose de insulina regular antes do jantar melhora o controle do diabetes
d) a indicação de insulina NPH humana antes da ceia é a mais adequada5. Para a prevenção de episódios graves de hipoglicemia, Tais deverá ser orientada a:
a) ingerir alimentos ricos em lipídeos e carboidratos complexos na ceia
b) reduzir a dose de insulina em caso de náuseas e vômitos
c) interromper (temporariamente) a prática de exercícios físicos
d) iniciar reposição com corticosteróides em baixas doses6. Em relação ao diagnóstico diferencial entre síncope e crise epiléptica neste caso:
a) a ocorrência de abalos clônicos localizados confirma o diagnóstico de epilepsia
b) é fundamental a realização do tilt-teste
c) o nível de consciência, imediatamente após o episódio caracteriza o quadro de epilepsia
d) a recuperação rápida da consciência sugere o diagnóstico de síncopeQuatrocentos e cinqüenta e três pacientes consecutivos com diabetes mellitus participaram de um estudo a fim de validar um novo teste para detectar hipoglicemia. Foram obtidos 2 ml de sangue de cada paciente. Uma gota de sangue foi colocada em uma tira e o nível de glicose plasmática medido em um glicosímetro. No restante da amostra foi realizada dosagem comparativa de glicose plasmática pelo método da glicose oxidase. A hipoglicemia foi definida como glicose plasmática< 45 mg/dL. Dos 392 pacientes que completaram o estudo e foram incluídos na análise, trinta e oito (9,7%) foram considerados hipoglicêmicos pelo glicosímetro, mas apenas 25 (6,4%) pelo método laboratorial. O valor preditivo positivo do glicosímetro foi 65,8% e o negativo 99,7%.
7. A sensibilidade e a especificidade do glicosímetro são, respectivamente:
a) 96,2 % e 96,4%
b) 6,4 % e 3,3 %
c) 64,2 % e 33,4 %
d) 65,8 % e 99,7 %8. Com o controle adequado da glicemia dos diabéticos, a prevalência da doença:
a) diminui
b) não se modifica
c) aumenta
d) não pode ser avaliadaTaís apresenta freqüentemente corrimento vaginal, com ardência ao urinar. Em relação ao diagnóstico de candidíase vaginal complicada em Taís, considere V (verdadeira) ou F (falsa) as assertivas abaixo:/
9. Marque a seqüência correta:
a) V,F,V,F,F
b) F,F,V,F,V
c) F,F,V,V,F
d) V,V,F,V,F10. O tratamento nesse caso deve ser:
a) nistatina tópica
b) ciprofloxacina VO
c) itraconazol
d) fluconazol VODois anos após, Taís procura o médico com febre, dor intensa no ouvido esquerdo e sensação de “ouvido entupido”, sem secreção, há 3 dias. Nega prática de natação recente e afirma que a glicemia está elevada. Ao exame: Tax = 37,8º C, dor à palpação do trago esquerdo e presença de eritema estendendo-se aproximadamente 4 cm na face em torno do
ouvido esquerdo, sem flutuação. O exame do conduto auditivo externo revelava edema e debris escamoso. A glicemia capilar é de 312 mg/dl.11. Além do controle da glicemia, deve-se prescrever:
a) amoxicilina oral + limpeza local com clorexidina
b) cefadroxil oral + tratamento tópico com corticosteróide
c) clindamicina IV + miringotomia
d) ciprofloxacina IV + tratamento tópico com antibióticoLívia, 12 anos, é atendida na Emergência com perda da consciência há 30 minutos. com duração de cerca de 1 a 2 minutos, acompanhada de hipotonia muscular generalizada e precedida por palidez e sudorese. O episódio ocorreu ao retornar à sala de aula, após exercício ao sol. Relata sensação de “aperto no peito”; está em período menstrual e alimentou-se há cerca de três horas. Nega palpitação, dor torácica, abalos, liberação esfincteriana, vômitos ou uso de medicamentos. Tem história de cefaléia crônica e asma brônquica. Ao exame físico, não apresenta anormalidades. No momento, está ativa e sem queixas.
12. A principal hipótese diagnóstica e o exame complementar que pode confirmá-la são, respectivamente:
a) síncope vaso-vagal e tilt-test
b) crise convulsiva e EEG
c) distúrbio metabólico e glicemia de jejum
d) arritmia cardíaca e ecocardiograma13. Ao liberar a paciente para casa, a orientação deve ser:
a) evitar atividade física até realizar ECG
b) realizar TC de crânio
c) estimular ingesta hídrica no calor
d) indicar a ingestia de alimentos ricos em carboidratos pela manhãMarcelo, 22 anos, teve perda da consciência enquanto jogava futebol; recuperou-se, caminhou até o vestiário, onde apresentou parada cardíaca.
14. Em relação ao quadro descrito, todas as assertivas estão corretas EXCETO:
a) apesar da baixa incidência de morte súbita nessa faixa etária, a realização de ecocardiograma auxilia no rastreamento de algumas possíveis causas
b) a cardiomiopatia hipertrófica e a síndrome de Brugada devem ser investigadas se houver história familiar de morte súbita precoce
c) o quadro sugere origem cardíaca e a alteração elétrica predominante é a taquicardia ou fibrilação ventricular
d) a persistência do ducto arterioso pode ser a causa do quadroO preparador físico da equipe, que fez treinamento em suporte básico de vida, encontra Marcelo sozinho, caído inerte no chão e não tem como definir há quanto tempo.
15. O procedimento inicial deve ser:
a) confirmar ausência de pulso e iniciar manobras com 30 compressões torácicas
b) diante da ausência de movimentos respiratórios, tornar pérveas as vias aéreas e ventilar
c) suspeitar de parada cardíaca e chamar ajuda
d) considerar emergência cardíaca e aplicar soco precordial16. Em relação ao atestado de óbito pode-se afirmar que:
a) a causa da morte foi parada cardíaca
b) na causa básica deve constar: ignorada
c) pode ser fornecido pelo médico socorrista
d) será dado após necropsiaJosé Carlos, 56 anos, fez uso de drogas ilícitas. É morador de rua e tem o diagnóstico de esquizofrenia de difícil controle. Há um ano foi internado com dor abdominal, quando a infecção pelo vírus HIV foi diagnosticada. Exame físico: emagrecido, presença de escoriações por coçadura em membros inferiores e de placas esbranquiçadas em língua e pálato. Exames complementares: CD4 9 cel/mm3 e prova tuberculínica negativa. A telerradiografia do tórax mostrou fibroatelectasia do lobo superior direito e a pesquisa para BAAR no escarro foi negativa em 3 amostras.
17. A investigação feita para tuberculose:
a) requer repetição da prova tuberculínica em 3 semanas
b) autoriza início de quimioprofilaxia com isoniazida
c) é suficiente para afastar o envolvimento pulmonar
d) permite prescrever esquema E1 reforçadoNaquela internação, a dor abdominal era difusa, de média intensidade, acompanhada de distensão. A peristalse estava muito diminuída. Não havia febre. Estava lúcido e cooperativo. Sinais Vitais: FC=100 bpm, PA=110/70mmHg, FR=13irpm. O RX de abdômen mostrava moderada distensão de alças de delgado, distensão do cólon e ausência de gás no reto. Foi iniciado tratamento clínico com hidratação venosa, antibioticoterapia e posicionada sonda naso-gástrica (SNG). Seis horas depois, o paciente apresentav-se desorientado, torporoso com FC=120bpm, PA= 80/40mmHg,FR= 21irpm. A SNG havia drenado 500ml de secreção fecalóide. O abdômen estava muito distendido, sem peristalse e havia dor intensa à palpação superficial e sinais de irritação peritoneal.
18. A etiologia mais provável é:
a) apendicite aguda com rotura apendicular
b) colite ulcerativa com perfuração intestinal
c) volvo de ceco com necrose intestinal
d) perfuração intestinal causada por citomegalovirus19. A presença de secreção fecalóide pode ser explicada por:
a) obstrução intestinal abaixo do ângulo de Treitz
b) SNG mal posicionada
c) obstrução intestinal baixa
d) válvula íleo-cecal incompetente20. O tratamento mais adequado neste momento é:
a) laparotomia exploradora
b) aumentar o espectro de ação da antibioticoterapia
c) prescrever óleo mineral pela SNG
d) realizar colonoscopia descompressiva21. O paciente recebeu alta do hospital e ficou aos cuidados do Serviço Social. A conduta a ser adotada, após concordância do paciente e de acordo com o consenso brasileiro do uso de anti-retroviral, é:
a) assegurar a compreensão por parte do paciente quanto à necessidade de adesão ao esquema anti-retroviral e iniciar
o tratamento com zidovudina, lamivudina e efavirenz
b) não prescrever esquema anti-retroviral, já que os benefícios parecem ser insuficientes para contrabalançar os potenciais efeitos adversos
c) assegurar a compreensão por parte do paciente quanto à necessidade de adesão ao esquema anti-retroviral e tratar
com zidovudina, lamivudina e lopinavir associado ao uso de ritonavir
d) não prescrever esquema anti-retroviral antes de repetir a contagem de CD422. São características do sistema de vigilância epidemiológica e de estratégias de prevenção de HIV/SIDA, EXCETO:
a) multiplicidade de sistemas de informação (SIM, SINAN, SICEL, SICLON) para detecção de casos novos
b) importância de notificação de todos os casos suspeitos para aumento da sensibilidade do sistema
c) amplitude da rede e variedade de serviços e modalidades assistenciais ofertados
d) modelos de intervenção baseados na educação e fortalecimento de redes sociais23. Sobre a evolução dos casos de SIDA/AIDS no Brasil no período de 1980 a 2004, pode-se afirmar que:
a) houve queda da letalidade após a distribuição universal de anti-retrovirais a partir de 1996
b) houve incremento da proporção de casos em classes sociais mais abastadas nos últimos anos
c) o aumento da freqüência entre mulheres ocorreu a partir do final da década de 1990
d) o protocolo 076 do Aids Clinical Trial Group não evidenciou redução significativa da transmissão vertical com uso de
AZT pela gestanteUm estudo conduzido por Gordin et al (1997) avaliou o uso da isoniazida em pacientes HIV positivo para reduzir o risco de tuberculose. A tabela abaixo apresenta o número de casos com exame bacteriológico positivo no grupo que fez uso de isoniazida e no grupo placebo.
24. A eficácia (redução relativa do risco) da isoniazida foi:
a) 43%
b) 51%
c) 30%
d) 68%25. Para evitar um caso de tuberculose, o número necessário para tratar é:
a) 12
b) 85
c) 32
d) 67Em um país da África com uma população de 6 milhões de pessoas, ocorreram 30.000 mortes durante o ano de 2003. Entre esses óbitos incluem-se 6.000 por SIDA/ AIDS em 150.000 indivíduos com a doença.
26. A mortalidade proporcional e a letalidade por SIDA/AIDS em 2003 foram, respectivamente:
a) 10/10000; 4%
b) 20%; 25/1000
c) 20%; 4%
d) 10/10000; 25/1000Severino, 45 anos, funcionário da construção civil, etilista de longa data, com ferida corto-contusa na região supraorbitária à direita. Foi trazido por amigos à Emergência após queda da própria altura no trabalho. Estava visivelmente alcoolizado. Apresentava moderado sangramento na ferida, além de escoriações em face. Agitado, circulava no ambiente um pouco trôpego, respirava espontaneamente e recusava atendimento médico.
27. A conduta inicial do médico deve ser:
a) sedar o paciente, mesmo que por via oral e tratá-lo
b) respeitar a recusa do paciente, apesar de alcoolizado e liberá-lo
c) informar ao paciente e aos amigos a necessidade de atendimento e solicitar a ajuda deles para isso
d) providenciar a contenção do paciente e tratá-lo, uma vez que não tem autonomia para decidir devido à embriaguez28. A conduta adequada para o tratamento da lesão supraorbitária é limpeza local e:
a) curativo compressivo
b) sutura simples
c) coagulação dos vasos sangrantes
d) curativo com pomada fibrinolítica29. Dos fatores abaixo, aqueles que influenciam na cicatrização da ferida são:
I - tensão das bordas
II - extensão da lesão
III - tabagismo
IV - hipoxemia
V - profundidade da lesão
a) II, IV e V
b) I, III e V
c) I, III e IV
d) II, III e IV
Três semanas após o atendimento, Severino retornou acompanhado dos mesmos amigos ao mesmo plantão. Evoluíra bem até dois dias atrás, quando começou a apresentar tremores de extremidades, sudorese profusa, inquietação psicomotora e vômitos. Ao exame, apresenta fácies de perplexidade.
Sinais Vitais: PA= 160 X 90 mmHg, FC= 110 bpm, FR= 26 irpm eTax = 36ºC.
30. O provável diagnóstico e a conduta são, respectivamente:
a) meningoencefalite; internar em isolamento, fazer punção lombar e iniciar antibioticoterapia ainda na emergência
b) crise convulsiva; internar na enfermaria, fazer TC de crânio e iniciar fenitoína
c) abstinência alcoólica; internar na enfermaria, hidratar e administrar benzodiazepínico + Vitamina B1
d) encefalopatia por disfunção tireoidiana; internar na UTI, dosar hormônio tireoidiano, iniciar hidratação, propiltiouracil
e propranolol31. A avaliação hematológica de Severino deverá mostrar:
a) neutrófilos hipersegmentados
b) corpúsculos de Howell
c) pontilhado basofílico nos leucócitos
d) fragmentação eritrocíticaO mestre de obras do local em que Severino trabalhava comentou que ele não teria direito a atendimento médico porque não tem carteira assinada, e sua queda não poderia ser caracterizada como acidente de trabalho.
32. Essas afirmativas estão:
a) parcialmente corretas; é caracterizado acidente de trabalho, mas o sistema de saúde somente dá cobertura aos trabalhadores formais
b) corretas; a informalidade do vínculo impede a notificação ao Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) e o
atendimento médico deve-se limitar às instituições filantrópicas
c) incorretas; contrariam as diretrizes da Constituição da República
d) parcialmente corretas; não há necessidade de notificação ao SINAN e o paciente tem direito ao atendimento médico33. O desenho de estudo mais apropriado para detecção da prevalência de acidente de trabalho é:
a) pesquisa no banco de dados do INSS da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT)
b) estudo de coorte de funcionários celetistas e estatutários
c) caso controle com acidentados e não acidentados em hospital de referência para urgências e emergências
d) inquérito domiciliar com amostra aleatória por conglomeradosApós a alta, Severino foi encaminhado para PROJAD (Programa de Estudos e Assistência ao Uso Indevido de Drogas). É casado, com dois filhos, 1o grau completo. Bebe há mais de vinte anos. Queixava-se de insônia, pesadelos, desânimo, falta de esperança, vontade de morrer e pensamentos persistentes de auto-extermínio. Uma tentativa de suicídio no passado por ingesta de grande quantidade de diazepam. Depois disso, muitas vezes pensou em suicidar-se.
Relacionava os pensamentos suicidas à baixa autoestima, à falta de perspectivas futuras e à incapacidade de prover a família. Nunca usou outras drogas, mas as recaídas por abuso de álcool já o tinham levado a diversas internações no passado. Apesar de ter casa, dorme na construção para não gastar dinheiro de passagem. Perdeu diversos empregos pelo alcoolismo.34. Em relação aos sintomas apresentados, pode-se afirmar que:
a) são sintomas de depressão relacionados ao alcoolismo
b) devem ser conseqüência de uma personalidade distímica
c) não respondem aos antidepressivos
d) aumentam o risco de suicídio, independentemente do tipo de tratamento realizadoNa entrevista, foi submetido a um questionário padronizado (CAGE) no teste de triagem de alcoolismo, cuja sigla é formada pelas iniciais em inglês de palavras-chave das seguintes perguntas: Alguma vez o senhor sentiu que deveria diminuir (Cut Down) a quantidade de bebida?/ As pessoas o aborrecem (Annoyed) com as críticas que fazem?/ O senhor se sente culpado (Guilty) pela bebida?/ O senhor costuma beber pela manhã (Eye-opener) para diminuir o nervosismo?
Uma metanálise avaliou a utilização do CAGE para detectar abuso e dependência de álcool no nível da atenção primária, sendo estimadas sensibilidade de 43% e 94% e especificidade de 70% e 97%, respectivamente, para duas ou mais respostas positivas.35. Isso significa que:
a) o número de respostas positivas influencia negativamente as características intrínsecas do teste
b) 70 % dos que respondem positivamente a três perguntas são dependentes do uso de álcool
c) 43 % dos que respondem positivamente a três perguntas não são dependentes do uso de álcool
d) se o paciente responder positivamente a somente uma pergunta, ele tem a probabilidade de 6% de ser dependente
do álcoolDois meses depois da internação relatada, Severino foi atendido em via pública, após queda de uma laje, com lesão traumática de crânio. No hospital seus amigos disseram que, depois da queda, perdeu a consciência por 3 minutos e, ao recobrá-la, permaneceu levemente confuso. Não se lembrava da queda e referia muita cefaléia. O exame físico era normal.
Os sinais vitais estavam estáveis, o Coma Glasgow Escore (CGE) era 15 e não havia sinais focai36. A conduta adequada nesse momento é:
a) marcar retorno à Emergência em 24 horas para reavaliação, prescrever analgésico e colocar-se disponível para atendê-lo a qualquer momento
b) manter em observação na Emergência, repetir o exame neurológico em algumas horas, avaliar o CGE periodicamente e medicar com analgésico
c) admitir na Enfermaria para observação prolongada e iniciar fenitoína IV
d) admitir na UTI, monitorizar a pressão intracraniana e iniciar manitol IVQuatro meses depois, Severino foi atropelado. Atendido em via pública chegou à Emergência com colar cervical; havia fratura de costelas à esquerda com hemopneumotórax; fratura de fêmur direito; escoriações no braço direito e na parede anterior do tórax. O escore de Glasgow para o coma era 10 (2-4-4).
Sinais Vitais: PA= 115 X 90 mmHg, FC= 98 bpm, FR= 18 irpm.
Realizada RNM, demonstrada abaixo.
37. A conduta terapêutica nesse momento é:
a) cirurgia imediata e fenitoína
b) acesso venoso profundo e dexametasona intravenosa
c) manitol e hiperventilação
d) punção lombar descompressiva e fenobarbital38. As alterações hemogasométricas e fisiopatológicas secundárias ao pneumotórax são, respectivamente:
a) hipercapnia, por aumento da ventilação alveolar
b) hipoxemia, por alteração da relação ventilação/perfusão pulmonar
c) acidose respiratória, por rotura direta de bolhas subpleurais
d) hipocapnia, por aumento do espaço morto alveolar39. Para o tratamento do hemopneumotórax, a conduta é a colocação de dreno:
a) 38F, no 5º espaço intercostal, na linha axilar média
b) 20F, no 2º espaço intercostal, na linha hemiclavilcular
c) 30F, no 4º espaço intercostal, na linha axilar anterior
d) 26F, no 3º espaço intercostal, na linha hemiclavicular40. O critério para a retirada do dreno de tórax é:
a) ausência de alterações clínicas do aparelho respiratório após 24 horas
b) após sete dias de drenagem, independentemente do volume drenado
c) ausência de fuga aérea ou drenagem de líquido < 100ml em 24 horas
d) após sete dias de drenagem e com gasometria arterial normalNo exame físico da pelve e do aparelho genital havia dor à palpação do períneo, sangue no meato uretral, presença de equimose na bolsa escrotal e períneo padrão “asa de borboleta”; testículos palpáveis e levemente dolorosos, próstata normal em localização, tamanho e consistência; abdômen depressível e bexiga palpável, aproximadamente três dedos abaixo do umbigo. Não havia diurese espontânea, somente gotas de sangue. Sinais vitais normais.
41. A conduta, neste momento, é realizar:
a) uretrografia retrógada
b) ultra-sonografia de bolsa escrotal
c) TC do abdome e pelve
d) cistograma
O estudo MRC CRASH é um ensaio clínico randomizado controlado do efeito de corticosteróides em pacientes que vão ao óbito após traumatismo crânio-encefálico (TCE). Nesse estudo, 10.008 adultos, com TCE há menos de 8 horas e escala de Glasgow de 14 ou menos que receberam infusão de metilprednisolona ou placebo por 48 horas. Após 6 meses do estudo, os resultados obtidos foram:
42. Sendo o grupo placebo o grupo de referência, o risco relativo é:
a) 0,90
b) 1,15
c) 1,20
d) 0,9543. Os resultados sugerem que o risco de morrer foi:
a) maior no grupo que usou placebo do que no grupo corticosteróides
b) igual nos dois grupos
c) impossível de ser diferenciado
d) maior no grupo que usou corticosteróides do que no grupo placebo44. Os objetivos da randomização são:
a) garantir a distribuição homogênea de características prognósticas entre os grupos comparados
b) evitar perdas seletivas de acompanhamento que levem a resultados enviesados
c) evitar que indivíduos sem critérios de elegibilidade sejam incluídos num dos grupos de tratamento
d) garantir que os pacientes alocados em diferentes grupos de tratamento recebam a mesma qualidade de assistência
Karla, 16 anos, grávida, é etilista.Compareceu a 5 consultas pré-natais. Ingeriu, em média, sete copos de cerveja por dia durante a gestação, apesar de ter sido orientada quanto aos efeitos nocivos do álcool sobre o feto. À idade gestacional de 32 semanas foi submetida a cardiotocografia que revelou padrão não reativo, sendo indicado o parto cesáreo para interrupção da gravidez. Bolsa rota no ato, líquido amniótico tinto de mecônio. Seu filho nasceu com Apgar 1 e 3 nos primeiro e quinto minutos de vida, respectivamente. Peso =1400g (percentil < 3 ); comprimento=45cm (percentil 50); perímetro cefálico = 31 cm (percentil 50); idade gestacional pós-natal 34 semanas.. Necessitou intubação e aspiração endotraqueal e ventilação com pressão positiva na sala de parto.
Em relação à ação intra-útero do álcool, considere V (verdadeiras) ou F (falsas) as assertivas abaixo.
o álcool causa vasoconstricção dos vasos placentários
os sintomas da síndrome de supressão neonatal pelo uso
materno de álcool nas primeiras 6 horas de vida são letargia e hiporreflexia
uma única exposição da gestante ao álcool, levando a níveis orgânicos elevados de etanol, pode causar efeitos nocivos comportamentais e cognitivos ao feto o recém-nascido poderá apresentar lábio leporino, um sinal que faz parte da síndrome do álcool fetal
45. Marque a seqüência correta.
a) V,V.F,F
b) V,F,V,F
c) F,V,V,F
d) F,F,V,F46. Em relação à reanimação neonatal feita em sala de parto é correto afirmar que:
a) a indicação de intubação endotraqueal foi correta, uma vez que deve ser realizada em todos os RNs com APGAR
menor que 3 no primeiro minuto de vida
b) a decisão de aspirar a traquéia, na presença de mecônio, baseou-se no fato de o RN estar deprimido
c) em qualquer situação clínica neonatal, o primeiro passo da reanimação é a secagem do RN para evitar hipotermia
d) para aspiração da traquéia na presença de mecônio, deve ser utilizada uma sonda traqueal inserida na luz do tubo traqueal
Vanessa, 15 anos, foi trazida à Emergência pela Policia Militar, pois estava perambulando pela rua com fala incompreensível e alucinações.
Exame físico: marcha atáxica, ritmo cardíaco irregular, freqüência cardíaca 48 bpm, freqüência respiratória 15 irpm, PA 80X40mmHg, peso 33,3Kg, estatura 1,53cm, estágio de Tanner M3/P3. Não soube informar a data da última menstruação. Logo após ser internada na Emergência, Vanessa apresentou crise convulsiva, sendo medicada com benzodiazepínico endovenoso, com controle do quadro.47. A hipótese diagnóstica mais provável e a conduta terapêutica após o controle da convulsão são, respectivamente:
a) intoxicação por solvente inalante/ instalar solução glicosalina venosa, avaliar gases arteriais e colher sangue para exame toxicológico
b) cetoacidose diabética/ instalar solução fisiológica venosa, avaliar gases arteriais e colher sangue para hemograma completo e glicemia
c) intoxicação por cocaína (crack)/ instalar solução glicosada venosa, administrar oxigênio e colher sangue para exame toxicológico
d) epilepsia/ instalar solução de ringer lactato venosa, solicitar eletroencefalograma e colher sangue para hemograma completo e eletrólitosO exame ginecológico mostrou conteúdo vaginal mucopurulento com dor à palpação de anexos.
48. O critério elaborado para o diagnóstico de Doença Inflamatória Pélvica (DIP) neste caso inclui:
a) aumento de proteína C reativa e VHS
b) identificação laboratorial para gonococcos ou clamidia
c) massa pélvica palpável e dolorosa no toque vaginal
d) presença de abscesso tubo-ovariano na ultra-sonografiaLaís, 23 anos, comerciária, branca, com atraso menstrual há 4 meses. Não tem parceiro fixo desde que se separou do marido há 8 meses. Neste período teve relações sexuais esporádicas,sem proteção. Gesta III para 0, 3 abortos provocados, entre o 2º e 4º meses de gestação, sem complicações. Nega doenças sexualmente transmissíveis, alergias, cirurgias ou doenças prévias. Usou anticoncepcional oral (ACO) irregularmente nos últimos 4 anos e parou há 8 meses, porque “esquecia muito”. Consumo de 10 garrafas de cerveja por noite, em bailes “funk”, nos fins de semana e de cocaína, esporadicamente.
Exame físico: mucosas hipocoradas +/4+ e aumento do fundo de útero, com medida de 14 cm. Ausculta do hipogástrio, com sonar doppler, foram detectados batimentos cardíacos fetais com freqüência de 156 bpm.
Exames complementares: grupo sanguíneo A, fator Rh negativo, com variante Du negativa; hemácias 3.200.000 /mm3, macrocitose e hipocromia; sorologias para toxoplasmose, rubéola e herpes IgG positivas e IgM negativas; sorologia para citomegalovirus IgG e IgM negativas. Pesquisas para hepatite B e SIDA negativas. A ultra-sonografia revelou biometria fetal compatível com 16 semanas de amenorréia.LAIS quer saber se o seu bebê pode ter síndrome de Down, mas não gostaria de correr qualquer risco de perdê-lo.
49. Os exames indicados para detectar síndrome de Down, de acordo com a idade da gestação, são:
a) dosagem de proteína plasmática A associada à gravidez e Beta-HCG livre
b) translucência nucal, ducto venoso e osso nasal
c) dosagem de estriol, Beta-HCG livre e alfa-fetoproteína
d) translucência nucal, ducto venoso e osso nasal e dosagem de proteína plasmática A associada à gravidez
Em relação à sorologia para o citomegalovirus (CMV) considere V (verdadeira) ou F (falsa) as assertivas abaixo:
- o CMV é um vírus DNA da família herpesviridae
- o diagnóstico por PCR complementa a sorologia materna
- as lesões teciduais não se associam com efeito citopático primário ou vasculite
- a transmissão horizontal pode ocorrer através das secreções respiratórias
50. Marque a seqüência correta:
a) V, V, F, V
b) F, V, V, F
c) V, F, V, F
d) F, V, F, V51. Em relação à anemia, o melhor esquema de reposição para LAIS é a administração concomitante de:
a) ferro e vitamina B6
b) ferro e folato
c) vitamina B6 e Vitamina B12
d) vitamina B6 e folatoDurante a consulta, na 21ª semana de gravidez, foram realizados: exame de Coombs indireto no sangue materno que foi positivo para diluição de 1 / 32, com anticorpos anti-D identificados pelo painel de hemácias; contagem de hemáceas: 3.800.000 /mm3. Ultra-sonografia morfológica e dopplerfluxometria dentro de valores normais para a idade gestacional. A aferição da pressão arterial, o crescimento do fundo uterino e a ausculta fetal encontravam-se nos limites esperados para a idade da gravidez. A paciente não sabia informar a respeito da última vacinação antitetânica.
Em relação ao resultado do Coombs indireto, considere V (verdadeira) ou F (falsa) as assertivas abaixo:
- confirma o diagnóstico de aloimunização materna
- o método ideal para o acompanhamento fetal é a aferição seriada da velocidade sistólica máxima (VSM ) através do doppler da artéria cerebral média
- a transfusão intra-vascular na veia umbilical do feto estará indicada se a VSM aferida na artéria cerebral média diminuir progressivamente
- o ultra-som não auxilia na avaliação indireta de fetos cujas mães estão aloimunizadas
52. Marque a seqüência correta:
a) F, V, V, F
b) V, V, F, F
c) V, F, V, V
d) F, V, F, V
53. De acordo com a norma do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, o médico deve orientar Lais a receber:
a) duas doses de anatoxina tetânica em intervalo de 30-60 dias
b) três doses de anatoxina tetânica em intervalo de 30-60 dias
c) uma dose de reforço devido à idade da paciente e à gravidez
d) devido à idade da paciente e à idade da gravidez, considerá-la imunizada
Na 37ª semana de gestação, Laís foi à Maternidade-Escola da UFRJ com dores abdominais, tipo cólica, há 8 horas. Negava perda de sangue ou líquido e relatava movimentos fetais ativos. Exame na admissão: PA = 130 x 85 mmHg, FC= 90 bpm, fundo uterino de 35 cm, metrossístoles: 3 em 10 minutos durando 55 segundos, BCF de 160 bpm, regular, situação longitudinal, apresentação cefálica e dorso à direita. Ao toque: colo centralizado, 90% apagado, dilatado 5 cm, plano “-1” de De Lee. Observou-se pequena bossa serossanguínea na cabeça fetal e, no exame da bacia, uma conjugata diagonalis de 10 cm, diâmetro biisquiático de 7 cm e ângulo subpúbico agudo menor que 70 graus.
54. A conduta é internar e:
a) acompanhar o trabalho de parto, incluindo a administração de ocitocina, se necessário
b) realizar prova de trabalho de parto, monitorizando o bem estar fetal por meio de dopplerfluxometria e aplicação de fórcipe, se necessário
c) orientar o repouso em decúbito lateral esquerdo, fazer peridural contínua e cardiotocografia basal
d) indicar interrupção por via alta, por se tratar de desproporção céfalo-pélvica
55. Caso o feto de Lais estivesse em apresentação pélvica e o parto evoluísse de forma fisiológica, com partes moles elásticas e com boa dinâmica uterina, o procedimento adequado no desprendimento da cabeça fetal no período expulsivo seria:
a) manobra de Bracht
b) manobra de Pajot
c) manobra oscilatória de Deventer-Müller
d) rotação axial do feto
Após o parto, Laís foi encaminhada à enfermaria queixando-se de cólica abdominal. O útero estava contraído. Foi medicada com analgésico, soro fisiológico e soro glicosado. O obstetra optou por não prescrever ocitocina devido às queixas e ao exame do útero. Uma hora após, Laís encontrava-se sangrando muito. Estava lúcida, hipocorada 3+/4+, hidratada, acianótica, eupneica, taquicárdica (120bpm)e hipotensa (80 x 40 mmHg). Não se conseguia palpar o fundo uterino no abdome e o útero estava flácido e depressível. Havia sangramento vaginal vivo em grande quantidade.
56. A situação descrita corresponde a provável:
a) rotura uterina aguda.
b) retenção de restos placentários
c) hipotonia uterina
d) laceração de trajeto57. Além da hemotransfusão e administração de cristalóides deve-se:
a) fazer revisão de cavidade uterina por meio de curagem e curetagem
b) realizar revisão imediata do trajeto e do colo uterino
c) providenciar laparotomia exploradora, com rafia das lesões uterinas
d) iniciar ocitocina, metilergonovina e compressão uterina bimanualUm estudo para avaliar a prevalência do uso de cocaína e de maconha no terceiro trimestre de gravidez numa população de adolescentes de um hospital público de São Paulo usando análise do cabelo mostrou: 4,0% das grávidas usaram maconha, 1,7% cocaína e 0,3%, as duas drogas. O acompanhamento dessas gestantes mostrou incidência maior de abortos entre as usuárias de drogas do que entre as não usuárias.
58. O acompanhamento das gestantes caracteriza:
a) estudo caso controle
b) ensaio clínico não randomizado
c) estudo seccional
d) estudo de coortesA Tabela abaixo refere-se ao resultado de pesquisa realizada em Pelotas que correlacionou o uso de drogas entre adolescentes com fatores sócioeconômicos.
59. Observando-se a tabela, pode-se afirmar que:
a) a associação entre turno escolar e uso de drogas desaparece com a razão de chances ajustada
b) o uso de drogas é mais freqüente entre os alunos reprovados uma vez quando comparado àqueles reprovados duas vezes
c) o uso regular de drogas ilícitas é mais freqüente nas classes mais abastadas
d) o uso de drogas está associado a 9 ou mais ausências à escola nos últimos 30 diasSr. Hélio, 79 anos, com icterícia e perda de peso.
Etilista habitual há muitos anos e fumante com carga tabágica de 10 maços/ano. Foi internado diversas vezes anteriormente com dor abdominal e vômitos e tratado clinicamente. Há três meses apresenta desconforto abdominal predominantemente em região epigástrica e em hipocôndrio direito. Refere anorexia, náuseas e perda de peso de 9Kg desde que começaram os sintomas. As fezes estão mais claras e a urina tem cor de mate. Nega enfermidades cardiovasculares, febre e hemotransfusão.Sinais vitais: FC=88 bpm FR=14 irpm PA= 148 X 80 mmHg TAx= 36ºC,
Exame Físico: emagrecido, ictérico (3+/4); sem linfonodomegalia . Abdômen depressível, dor a palpação de epigástro e hipocôndrio direito; massa de limites imprecisos na região epigástrica; vasculejo gástrico. Sem sinais de irritação peritoneal. Presença de macicez móvel de decúbito. Edema +/4+ em MMII. Aparelhos respiratório e cardiovascular sem alterações.
Exames complementares: Ht= 27 % ; Hg= 9 g/dl; Leucometria normal; TGO= 57U/l; TGP= 68U/l; FA= 357U/l; GGT= 215U/l;TAP = 90%
60. Considerando-se o mais provável diagnóstico, é correto afirmar que:
a) os níveis de CA 19-9 elevados têm valor prognóstico
b) a amilase sérica é indispensável para o diagnóstico
c) o aumento das transaminases afasta a etiologia neoplásica
d) uma dosagem de CEA dentro da normalidade indica bom prognóstico61. O resultado esperado na Tomografia Computadorizada de Abdome é:
a) lesão hipodensa, de limites imprecisos, com área de necrose central na cabeça pancreática
b) dilatação da via biliar principal com cálculo na porção intrapancreática
c) dilatação sacular do ducto de Wirsung
d) colelitíase com compressão do ducto biliar por cálculo fixo no infundíbulo62. Após investigação, indicou-se procedimento cirúrgico. O mais adequado neste momento seria:
a) colocação de prótese biliar e gastroenteroanastomose
b) gastroduodenopancreatectomia e linfadenectomia
c) anastomose do Wirsung com jejuno (cirurgia de Puestow)
d) laparotomia exploradora com necrosectomia63. A antibioticoterapia profilática:
a) não deve ser feita, por tratar-se de cirurgia eletiva com adequado preparo pré-operatório
b) não deve ser feita para evitar resistência antimicrobiana
c) deve ser feita, por tratar-se de cirurgia potencialmente contaminada
d) deve ser feita, mesmo diante de baixo risco de infecção da ferida cirúrgica
64. A presença de dor abdominal de difícil controle que surge com a evolução da doença deve-se a:
a) peritonite biliar
b) comprometimento do plexo celíaco
c) distensão gástrica
d) compressão da via biliar
65. No pre operatório deve-se ficar atento para a função:
a) pulmonar, pela carga tabágica
b) cardíaca, pelos níveis pressóricos inadequados
c) hepática, pela disfunção apresentada
d) renal, pela presença de icteríciaSabrina, 6 anos, é atendida na Emergência com icterícia, dor abdominal e vômitos.
Há 5 dias foi levada à Emergência com história de febre baixa, dor abdominal, hiporexia, sete episódios de vômitos, quatro evacuações com fezes de consistência líquida e urina escura. Foi liberada para casa com prescrição de soro oral e medicação antiemética. Hoje retorna com aumento da freqüência dos vômitos, da intensidade da dor abdominal e icterícia +++/4+. A mãe relata que a menina alterna períodos de irritabilidade e de sonolência. Foram solicitados marcadores para hepatites virais e confirmado o diagnóstico de hepatite A.66. O teste diagnóstico indicativo de gravidade do quadro é:
a) tempo de protrombina (TP) paciente =25s (TP controle =13s)
b) aspartato aminotransferase (AST) = 890 U/L
c) leucometria total = 1070 leucócitos
d) hematócrito = 44%
67. Em relação à profilaxia dos contactantes, pode-se afirmar que:
a) os alunos e funcionários não imunizados da escola de Sabrina devem receber imunoglobulina IM
b) a imunoglobulina só está indicada na primeira semana após o contato
c) a administração da vacina isoladamente pode impedir o aparecimento de sintomas nos contactantes não imunizados
d) os domiciliares e íntimos não imunizados devem receber imunoglobulina IM e vacina anti HAV
O gráfico abaixo representa o curso sorológico, o aparecimento de sintomas e a eliminação viral nas fezes durante uma infecção por vírus da Hepatite A.
68. Marque a opção CORRETA que corresponde aos números indicados no gráfico:
a) (1) HAV fecal (2) Anti HAV IgM (3) anti HAV total (4) aparecimento de sintomas
b) (1) anti HAV IgM (2) anti HAV total (3) HAV fecal (4) aparecimento de sintomas
c) (1) aparecimento de sintomas (2) anti HAV IgM (3) HAV fecal Anti (4) HAV total
d) (1) HAV fecal (2) aparecimento de sintomas (3) HAV total (4) anti HAV IgMAo exame físico Sabrina apresenta broto mamário bilateral e pelos pubianos escassos nos grandes lábios (estágio M2/P2 de Tanner). A mãe relata que notou a mudança nas mamas há cerca de 4 meses e o surgimento de pelos há 2 meses.
69. A melhor hipótese diagnóstica é:
a) telarca precoce
b) tumor ovariano
c) puberdade precoce idiopática
d) fonte exógena de estrógeno
70. A conduta inicial é solicitar:
a) ressonância nuclear magnética (RNM) de pelve e dosar gonadotrofinas
b) RNM de crânio e prescrever tratamento com análogo do hormônio de crescimento
c) idade óssea e avaliar velocidade de crescimento e evolução puberal
d) ultra-sonografia pélvica, dosar estradiol e 17-OH-progesterona
Dona Olívia, 68 anos está, assintomática e, ao exame físico, tem massa abdominal pulsátil. Veio ao ambulatório para controle de hipertensão arterial. Tem dislipidemia, sob controle, com uso regular de estatina. Nega dor abdominal, emagrecimento ou história familiar semelhante.
Usa anlodipina (5 mg) e hidroclorotiazida (25 mg) regularmente. PA = 148 x 84 mm Hg, PR = 84 bpm.
71. A conduta adequada em relação aos níveis tensionais é:
a) ajustar a dose de anlodipina
b) ajustar a dose de hidroclorotiazida
c) suspender diurético e adicionar IECA
d) adicionar hidralazinaRetornou ao ambulatório após 2 meses. Notou-se edema de membros inferiores, indolor, mas com discreto calor local. Fora atendida anteriormente na Emergência com erisipela e tratada com cefalexina, sem melhora. PA = 136 x 80 mm Hg, PR = 92 bpm.
72. A conduta inicial em relação ao edema é:
a) trocar tiazídico por diurético de alça
b) suspender anlodipina
c) solicitar proteinúria de 24 horas
d) solicitar ecocardiograma bidimensional
73. A ultra-sonografia abdominal confirmou aneurisma de aorta infra-renal de 4,5 cm. A recomendação, nesse momento, é:
a) repetir a ultra-sonografia dentro de 6 a 12 meses
b) iniciar tratamento com beta bloqueador
c) indicar correção cirúrgica
d) solicitar aortografiaDois anos depois, Dona Olívia veio à Emergência com dor torácica irradiando para epigástrio há duas horas. Os paramédicos administraram nitroglicerina sublingual, com melhora.
Já havia sentido essa dor anteriormente e usado nitroglicerina do marido. Ao exame: PA= 132 x 60 mmHg, FC= 80bpm, FR= 25 irpm. Demais aparelhos e sistemas sem alterações.74. O medicamento indicado para reduzir o risco de morte e de infarto agudo do miocárdio nesse caso é:
a) dinitrato de isosorbida
b) nifedipina
c) metoprolol
d) nitroglicerinaAna Clara, 58 anos, notou descarga papilar (por ducto único) no mamilo esquerdo. Está na menopausa há 3 anos e faz reposição hormonal com estrogênio. A palpação da mama esquerda percebe-se parênquima homogêneo, sem nódulos ou condensações. Na axila esquerda palpa-se um linfonodo elástico, livre e pouco aumentado. Mama e axila direitas sem alterações.
75. A conduta (nessa situação) é:
a) ressecção dos ductos terminais
b) citologia da descarga papilar
c) ductografia
d) ressonância nuclear magnética
A mamografia revelou lesão nodular, de limites imprecisos e contorno irregular no quadrante inferior esquerdo da mama direita. A lesão foi ressecada em cirurgia guiada por estereotaxia e o laudo histopatológico da peça cirúrgica revelou carcinoma ductal com 1,2 cm, margens cirúrgicas livres. Receptores positivos para estrogênio e progesterona.
76. A próxima etapa do tratamento é:
a) quimioterapia adjuvante
b) quadrantectomia com linfadenectomia
c) hormonioterapia
d) radioterapiaMelissa, 15 anos, vai ao ginecologista com sua tia. Após as primeiras informações gerais, o médico solicita que a acompanhante aguarde na sala de espera e continua a consulta na presença da auxiliar de enfermagem. A adolescente então refere que “precisa de uma receita de pílula anticoncepcional”. Iniciou atividade sexual há 3 meses com seu namorado, vem fazendo uso regular de preservativo e tem receio de engravidar. Enfatiza que não quer que sua família tenha conhecimento desses fatos. Está finalizando o ensino fundamental e não faz uso de qualquer droga (lícita ou ilícita).
Está em excelente estado geral, e o exame físico é normal.
Gostaria de saber se deve ir ao Posto de Saúde tomar a vacina anti-HPV.77. A conduta mais adequada é:
a) preservar o segredo profissional, já que a adolescente tem capacidade de analisar e conduzir seu problema
b) explicar que, por ela ser menor de idade, deve chamar sua tia e intermediar o diálogo a respeito do problema
c) após a consulta, em separado, informar a tia sobre o início da atividade sexual da sobrinha, os riscos e os cuidados
d) solicitar a presença da mãe da adolescente na próxima consulta para informar-lhe sobre a situação78. Em relação à contracepção hormonal é correto afirmar que:
a) os anticoncepcionais que contém somente progestogênio são a primeira escolha em jovens com menos de 18 anos
b) a substância contida no DIU endoceptivo é o desogestrel
c) a drosperinona é um derivado da espironolactona e tem ação antiandrogênica
d) o implante subdérmico contraceptivo contém etinilestradiol + gestodeno79. De acordo com os critérios para implantação de novos imunobiológicos pelo PNI, a vacina tetravalente recombinante anti-HPV ainda não entrou no calendário público vacinal do Ministério da Saúde devido a(o):
a) baixa prevalência de câncer de colo uterino na sua faixa etária
b) ausência de liberação pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para comercialização
c) eficácia vacinal inferior a 80%
d) alto custo80. Na infecção pelo vírus HPV, é correto afirmar que:
a) o tratamento de infecções vaginais associadas não interfere na regressão das lesões de baixo grau
b) os métodos de tratamento utilizados na remoção das lesões apresentam taxas de sucesso semelhantes
c) na presença de lesões intra-epiteliais precursoras do câncer do colo uterino, a conduta se baseia na detecção e tipagem do DNA-HPV
d) o imiquimode assegura a cura da infecção pelo HPVMelissa retornou ao consultório, após dois meses, porque apresentava sangramento vaginal irregular, em pequena monta, tendo interrompido “por conta própria” o contraceptivo oral. As regras eram normais, antes da medicação. Nega uso de outro medicamento. Desconhece alergias. O exame da pelve era normal. O teste para gravidez foi negativo.
81. Nesse momento deve-se:
a) determinar o nível sérico de FSH
b) orientar sobre adaptações funcionais decorrentes de anticoncepcionais
c) pedir ultra-sonografia transvaginal
d) fazer citologia hormonal seriadaMelissa apresentou nódulo de 3 cm, móvel, bem delimitado no quadrante superior esquerdo, da mama esquerda. A ultrasonografia mamária mostrou tratar-se de lesão circunscrita, de limites precisos, anecóica, de 3,2cm de maior diâmetro, paralelo à pele. A punção da lesão deu saída a líquido amarelo cítrico.
82. A conduta é:
a) aguardar o estudo citológico do líquido
b) desprezar o líquido aspirado e controle clínico
c) realizar alcoolização da lesão
d) ressecar a lesão para estudo histopatológico
Jonatan, 4 anos, foi levado à Emergência com “falta de ar” e febre. A mãe relata febre alta há 12 dias, dor na garganta, cefaléia, dores nas pernas, episódios de sudorese profusa, desconforto abdominal e náuseas. Há 5 dias foi ao posto de saúde onde foi diagnosticada amigdalite e prescrita penicilina benzatina (600.000UI), sem melhora. Há 8 horas apresenta rouquidão, respiração ruidosa e “falta de ar”.
Sinais Vitais: Tax= 39,4ºC, FR= 54 irpm, FC = 140 bpm, PA=100 x 60mmHg. Exame físico: hidratado, hipocorado, anictérico, dispnéico, com estridor laríngeo. Orofaringe com hipertrofia e eritema de amígdalas que estão revestidas por exsudato esbranquiçado. Petéquias em úvula e pilares anteriores. Edema palpebral bilateral sem sinais flogísticos. Linfonodos volumosos, pouco dolorosos à palpação, de consistência elástica, não aderidos aos planos profundos, em cadeias cervical anterior e posterior, submandibulares, axilares, epitrocleares e inguinais. Abdome flácido, doloroso à palpação; fígado a 4 cm do RCD, linha hemiclavicular D, de consistência e superfície normais. Baço a 3 cm do RCE. Rigidez de nuca.Sem outras alterações ao exame neurológico.
Hemograma há 5 dias: Leucometria 19800 cel/mm3 (0/1/0/0/3/31/54/11) com linfócitos atípicos. Ht = 30% Hg 9,8g/dl,plaquetas 92.000 cel/mm3.
83. O melhor exame para esclarecer a principal hipótese diagnóstica é:
a) IgM anti-capsídeo viral do vírus Epstein–Baar (VCA/ EBV)
b) exame histopatológico de gânglio cervical
c) celularidade em aspirado de medula óssea
d) pesquisa de BAAR em gânglio84. O resultado esperado para o exame do líquor é:
a) presença de blastos
b) celularidade aumentada com predomínio de mononucleares
c) presença de hemácias em grande quantidade
d) hipoglicorraquia85. O tratamento para o quadro respiratório é:
a) penicilina cristalina , nebulização com beta-2 agonista
b) ar umidificado, corticóide sistêmico
c) imunoglobulina venosa, corticóide inalável
d) beta-2 agonista, endovenoso, nebulização com adrenalina
Romário, 7 meses, foi levado ao Posto de Saúde, pois chorou muito à noite. Apresentava fácies de dor, sem febre. Havia dor à mobilização do pavilhão auricular, edema e eritema concêntrico do conduto auditivo externo; membrana timpânica não visualizada; linfonodomegalia peri-auricular.
86. O agente etiológico mais provável e a melhor opção de tratamento são, respectivamente:
a) haemophilus influenzae; descongestionante via oral e gotas otológicas com analgésico
b) enterobacter aerogenes; anti- inflamatório via oral e gotas otológicas com corticóide
c) streptococcus pneumoniae; antibiótico via oral e gotas otológicas com anestésico
d) staphilococcus aureus; analgésico via oral e gotas otológicas com antibióticoUma semana depois retornou para revisão e acompanhamento. Aos 10 dias de vida recebeu as vacinas preconizadas, não dando seqüência ao calendário vacinal. Exame físico: tumoração vermelho vivo, compressível, medindo 4 cm em seu maior diâmetro, na região deltóide e sinais de desnutrição protéico- calórica. Peso= 6.800g e estatura = 65cm (percentil <3 para peso e altura); ausência de sorriso social e de contato ocular com o examinador ou com membros da família. Exames laboratoriais: Hemácias- 2.500.000/μl; Htc: 27 % ; Hb: 7.5 g/dl; VGM: 108 fl; HGM: 30 pg; CHGM: 27.7; RDW: 16.5 %; Reticulócitos: 0.3%; Plaquetas: 25.000/μl ; Leucometria total: 2.200/μl (0-3-0-0-5-38-42-12). Hematoscopia: série vermelha com poiquilocitose (hemácias em lágrima, ovalócitos, raras hemácias em alvo), anisocitose intensa, predomínio de macrocitose, apesar da presença de micrócitos. Neutrófilos gigantes e pluri-segmentados, ausência de blastos no sangue periférico.
87. Para atualizar o calendário vacinal de Romário será necessário:
a) aguardar a recuperação nutricional e retomar as imunizações com as vacinas indicadas para a faixa etária do paciente, sem reposição de doses perdidas
b) retomar as imunizações a partir das vacinas indicadas para o segundo mês de vida, exceto rotavírus
c) retomar as imunizações a partir das vacinas do segundo mês de vida, exceto as vacinas de vírus vivos atenuados
d) aguardar a recuperação nutricional para reiniciar o calendário vacinal, desconsiderando as doses já administradas88. A lesão cutânea de Romário foi diagnosticada como hemangioma. O médico deve informar aos pais que:
a) geralmente pode ser observado no nascimento e involui ao longo dos primeiros seis meses de vida
b) existe a possibilidade de associação com a síndrome de Sturge-Weber
c) não estão indicados tratamento clínico ou cirúrgico nem investigação adicional no momento
d) pode estar associado a complicações, sendo a hemorragia a mais freqüentemente observada89. Classifique a anemia de Romário e indique os critérios utilizados:
a) macrocítica normocrômica (VCM elevado e HCM normal) com aumento da eritropoese (contagem aumentada de reticulócitos)
b) microcítica normocrômica (VCM normal e HCM normal) com aumento da eritropoese (contagem aumentada de reticulócitos)
c) microcítica hipocrômica (VCM normal e CHCM diminuído) com diminuição da eritropoese (contagem diminuída de reticulócitos)
d) macrocítica hipocrômica (VCM elevado e CHCM diminuído) com diminuição da eritropoese (contagem diminuída de reticulócitos)90. As hipóteses diagnósticas mais prováveis neste caso são:
a) anemia aplástica adquirida associada à anemia por deficiência de ácido fólico
b) anemia por deficiência de ferro associada à anemia por deficiência de ácido fólico
c) púrpura trombocitopênica imunológica associada à anemia por deficiência de ferro
d) púrpura trombocitopênica imunológica associada à anemia aplástica adquiridaAos 11 meses de idade, Romário chega à emergência, trazido por seus pais que relatam choro intenso há 30 minutos, sem consolo. Exame físico: intensificação do choro ao simples toque e à movimentação passiva do cotovelo esquerdo. Sua mãe refere que o menino estava brincando sentado no chão e que ela o levantou tracionando suas mãos.
91. O diagnóstico provável e a conduta a ser adotada são, respectivamente:
a) fratura em galho verde; imobilização
b) subluxação da ulna; redução cirúrgica
c) luxação traumática do ombro; fisioterapia
d) pronação dolorosa; redução clínicaClaudileia, 47 anos, com anemia e emagrecimento de 10 Kg nos últimos 6 meses. Apresenta também polimenorréia e dismenorréia e queixas gástricas vagas, como “dificuldade de fazer a digestão”. Há um mês notou aumento de volume abdominal e sensação de peso no baixo ventre. Exame Físico: mucosas hipocoradas (2+/4), RCR2T, aparelho respiratório normal. Abdome abaulado, macicez móvel, edema +/ 4+ de membros inferiores. Exame Pélvico: útero retrovertido de difícil delimitação, presença de nódulos palpáveis no fundo de saco de Douglas, duros e fixos. Anexos não identificados.
92. A principal hipótese diagnóstica é:
a) endometriose
b) neoplasia ovariana
c) neoplasia de endométrio
d) mioma uterino93. O método adequado para confirmar o diagnóstico é:
a) biópsia de endométrio
b) histerossalpingografia
c) ressonância nuclear magnética
d) punção abdominal para citologiaAndressa, 35 anos, com anemia e metrorragia, três filhos. Histeroscopia mostrou um mioma submucoso de 2cm.
94. O tratamento, neste caso é:
a) histerectomia total abdominal
b) miomectomia laparoscópica
c) miomectomia por via histeroscópica
d) embolização seletiva do miomaDona Sueli, 60 anos, com anemia e abscesso sub-ungueal. Foi atendida no ambulatório de cirurgia para a drenagem do
abscesso. Durante o procedimento relatou cansaço aos grandes esforços, como lavar roupas e subir escadas e visão turva episódica. Hipertensa, em tratamento medicamentoso. Nega cirurgias prévias, melena e hematêmese. Menopausa há 6 anos. Ritmo intestinal normal. Sinais Vitais: PA= 100 X 60 mmHg, FC= 110 bpm, FR =16 irpm.Exame Físico: mucosas hipocoradas (3+/4), pulso fino, RCR3T, presença de 4ª bulha. Abdômen pouco distendido, hipertimpânico, sem sinais de irritação peritonial. Estado nutricional adequado. Após a drenagem, o médico prescreveu sulfato ferroso e marcou nova consulta para quinze dias.
95. Assinale a conduta médica INADEQUADA:
a) realizar drenagem do abscesso ungueal sem coagulograma prévio
b) remarcar consulta em 15 dias sem ajuste do antihipertensivo
c) fazer o procedimento sem prescrever antibioticoterapia
d) prescrever sulfato ferroso sem investigação diagnósticaDona Suely retornou à consulta com piora do cansaço e sem outras queixas. Foi submetida a colonoscopia, que evidenciou lesão vegetante de aproximadamente 6 cm de extensão no ceco.
96. O provável diagnóstico histológico esperado na lesão do ceco é:
a) adenoma viloso
b) leiomiosarcoma
c) tumor carcinoide
d) adenocarcinoma
No 5º dia de pós-operatório, Dona Suely apresentou febre (38 C) durante a noite. Tolerou a dieta oral, sem náuseas ou vômitos. Está deambulando desde o 3º dia de pós-operatório e eliminou gases. Nega tosse, disúria (retirou o cateter vesical há 3 dias). Nota-se eritema em torno da ferida cirúrgica com secreção purulenta na parte distal da incisão. Abdome pouco distendido, peristalse audível. PA= 110 X 60mmHg, FC= 96 bpm.
97. A conduta adequada é:
a) drenar o abscesso
b) prescrever cefalosporina de primeira geração
c) iniciar reposição volêmica
d) indicar revisão de cavidadeMarcela, 22 anos, notou massa no pescoço há duas semanas. Encontra-se em bom estado geral, mas refere emagrecimento de 4 kg nos últimos 5 meses. Estuda e trabalha; mora com a família e tem um gato em casa. Ao exame físico: massa de 4 cm de diâmetro, indolor, de consistência endurecida e com pouca mobilidade, abaixo do ângulo da mandíbula e anterior ao esternocleido-occipto-mastoideo. Restante do exame físico sem anormalidades.
98. O exame indicado inicialmente é:
a) biópsia por agulha fina
b) tomografia computadorizada
c) laringoscopia direta e indireta
d) biópsia excisional99. Citologia de material obtido na biópsia por agulha fina cujo foi negativo para malignidade. Neste momento a conduta adequada é:
a) concluir que se trata de doença benigna
b) realizar necessariamente biopsia excisional a seguir
c) continuar investigação diagnóstica, pois a incidência de falso-negativos não é baixa
d) iniciar tratamento empírico para a Doença da Arranhadura do Gato100. Se o exame histopatológico do material colhido na biópsia excisional da massa revelar tecido tireoideano, o diagnóstico deve ser:
a) tireóide ectópica
b) remanescente do ducto tireoglosso
c) remanescente do 4o arco branquial
d) metástase de carcinoma da tireóide
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