REVISÃO GINECOLOGIA
material fornecido pela amabilidade do Dr. Handre Luish
Trabalho de Parto Normal
Fases do Trabalho de Parto , FórcipesTrabalhos de Parto
1° Período: Dilatação
2° Período: Expulsivo
3° Período: Secundamento
4° Período: Observação
Fórcipes
Fisiologia Materna Durante a Gravidez
Endocrinologia
Cardiovascular
Ósseo e Muscular
Pele
Sangue
Digestivo
Respiratório
Genitourinário
Volumes Pulmonares na Gravidez
· CPT: ß (devido a elevação do diafragma)
· CRF: ß
· CI: Ý
· VR: ß
· VRE: ß
· VC: Ý
· Espaço morto: Ý
Gravidez EctópicaLocalização
Manifestações Clínicas
Tratamento
Diabete Mellitus na Grávida
O DM é uma doença sistêmica, crônica e evolutiva caracterizada por alterações no metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídeos. A incidência é de 2-3% de todas as gestações, sendo que, em 90% dos casos, trata-se do DM gestacional.
A gravidez é diabetogênica principalmente no 2º trimestre da gestação. Hoje, com a ação de uma equipe multidisciplinar (obstetra, diabetólogo e pediatra), houve uma ß considerável da morbiletalidade tanto materna quanto fetal. O DM pode ser classificado:
Outras classificações foram descritas. A mais importante foi a de Priscilla White, relacionando o prognóstico da gestação e do concepto a gravidade do DM. Atualmente, se mantivermos a paciente normoglicêmica a maior parte do tempo da gravidez, teremos um prognóstico materno e fetal muito melhor. As complicações passíveis de acometer a gestação de uma DM são:
O controle adequado e rigoroso do estado metabólico na pré-concepção deve ser imperativo para que o início da gestação (fase embrionária) ocorra numa fase de normoglicemia. Ocorre um Ý incidência de MFC quando há descontrole glicêmico na fase de organogênese. Após o início da gestação o pré-natal terá como objetivos:
O screennig deverá ser feito pela glicemia de jejum que terá o valor de corte de 85 mg/dl segundo o Estudo Brasileiro de Diabetes Gestacional. Se o valor for Ý 85mg/dl, deverá ser realizado um teste de sobrecarga proposto por Pedersen, ingestão de 50g de dextrosol e mensuração da glicemia após 1h; se a glicemia ultrapassar 140mg/dl, considera-se a gestante com alteração glicêmica e, a partir disto, realiza-se o TTOG. O maior empecilho ao teste de Pedersen é a dificuldade de realização, pois a paciente deve ingerir o dextrosol e ficar em repouso por 1h. Corre-se o risco da paciente ter vômitos e reiniciar o teste sem o devido jejum, não ocorrer o repouso necessário e, o pior, ter-se a certeza da colheita no tempo certo, 1h. Todos estes empecilhos poderão alterar o significado do exame.
Se forem encontrados 2 resultados da glicemia de jejum Ý 105mg/dl, considera-se a paciente com DM gestacional, segundo o EBDG. O resultado do teste de Pedersen Ý 200mg/dl também permite Dx. Nas pacientes encaminhadas ao TTOG o encontro de 2 ou mais resultados alterados permite firmar o Dx.
Existem 2 linhas principais de diagnóstico para o TTOG:
|
National Diabetes Data Group |
Carpenter e Coustan |
Jejum |
105 mg/dl |
95 mg/dl |
60 min. |
195 mg/dl |
180 mg/dl |
120 min. |
165 mg/dl |
155 mg/dl |
180 min. |
145 mg/dl |
140 mg/dl |
O screennig deverá ser realizado na 1º consulta de pré-natal e será repetido no período entre a 24-28º semana de gestação. Em pacientes de risco elevado repetir o exame entre 32-36 semanas.
O tratamento de uma gestante DM baseia-se na manutenção rigorosa dos níveis glicêmicos, em torno de 100mg/dl. Este controle inclui a dieta com as restrições calóricas descritas e a utilização da insulinoterapia como coadjuvante no tratamento clínico. A insulina de escolha é a de ação lenta (NPH) que deve ter a sua dose fracionada. Na maioria dos casos, 50% da dose no período da manhã, 25% no almoço e 25% no jantar.
A avaliação do bem estar fetal deve ser realizada com a contagem dos movimentos fetais, cardiotocografia e PBF. A dopplerfluxometria só tem indicação nas DM com vasculopatia grave. O US obstétrico inicial deve ser realizada antes de 20 semanas e repetida a cada 4 semanas até o final da gestação. A cardiotocografia será indicada diariamente nas gestantes internadas e 2 vezes/semana nas acompanhadas em ambulatórios.
O PBF deve ser realizado nas pacientes em regime de constante hiperglicemia. A contagem do número de movimentos fetais deve ser realizada diariamente pela gestante. A avaliação é individual e a comparação é diária, sendo a ß do número de movimentos fetais considerada sinal de alerta quanto ao bem estar.
A avaliação da maturidade fetal é feita pela amniocentese. O líquido amniótico deve ser analisado quanto à maturidade fetal, usando-se o teste do azul de Nilo (maturidade tegumentar) e os testes de maturidade pulmonar: teste de Clements, relação Lecitina/Esfingomielina e fosfatidilglicerol. A maturidade pulmonar estará presente quando a relação L/E estiver Ý de 2, o teste de Clements for positivo no 3º tubo e quando houver a presença do fosfatidilglicerol.
Hemorragia da Segunda Metade da Gravidez
As principais causas de sangramento na 2º metade da gestação são: DPP, placenta prévia, rotura uterina, rotura do seio marginal, vasa prévia e patologias do trato genital inferior.Descolamento Prematuro da Placenta
É a separação intempestiva da placenta do seu sítio de implantação no corpo uterino, antes do nascimento do feto, em uma gestação de 20 ou mais semanas. Sua incidência varia de 0,5-3% das gestações.
Os principais fatores predisponentes incluem HAS, seja a HAS crônica como a DHEG; fator mecânico, especialmente os traumas; retração uterina após o esvaziamento rápido do polidrâmnio; alterações placentárias, principalmente a placenta circunvalada e infartos placentários decorrentes do tabagismo, má nutrição, alcoolismo e DM com vasculopatia.
Apesar de todos estes fatores, em grande número de casos a causa primária do descolamento é desconhecida.
O DPP inicia-se com um sangramento no interior da decídua, levando à formação de um hematoma e ao descolamento abrupto da placenta do seu sítio de implantação. O sangue fica represado e se coagula atrás da placenta, caracterizando o hematoma retroplacentário. Em 80% dos casos, o sangue descola ou rompe as membranas e flui para o exterior, levando ao sangramento vaginal, causando a hemorragia externa. Nos 20% restantes, o sangue fica totalmente retido atrás da placenta, caracterizando a hemorragia oculta.
O sangue pode, através de uma solução de continuidade, atingir a cavidade ovular, causando hemoâmnio. Numa grande hemorragia oculta, os componentes do sangue, provenientes do hematoma retroplacentário, podem atingir o miométrio causando um desarranjo da estrutura das miofibrilas, levando a atonia uterina; quadro de apoplexia uteroplacentária - útero de Couvelaire. Neste quadro, o aspecto do útero e anexos é característico; coloração azulada-marmórea devido às infusões sangüíneas e equimoses que se assestam sobre a serosa.
O quadro caracteriza-se por dor abdominal repentina, acompanhado de sangramento vaginal, de início súbito, média intensidade e cor vermelho-escura com coágulos. Ocorre na fase inicial taquihiperssistolia, seguida de hipertonia uterina, alterações do BCF, caracterizando o sofrimento fetal pela ß da superfície de trocas e a morte iminente.
O Dx diferencial deve ser feito com placenta prévia, rotura uterina, polidrâmnio agudo, Sd. sofrimento de vísceras ocas ou maciças, rotura de vasa prévia ou seio marginal da placenta e trabalho de parto prematuro.A conduta será baseada em:
· Amniotomia
· Venóclise e fluidoterapia
· Tipagem sangüínea
· Resolução da gestação pela via mais rápida quando o feto estiver vivo. Tratando-se de feto morto a escolha da via de parto dependerá do estágio de dilatação cervical e das condições clínicas maternas
· Controle da diurese
· Monitorizar o estado hematológico materno (HMG, plaquetas, fibrinogênio, produtos de degradação da fibrina e TAP)
· Transfusão de concentrados de hemácias, plaquetas e plasma fresco.As principais complicações são o choque hipovolêmico, insuficiência renal aguda, insuficiência cárdio-respiratória, coagulopatia e necrose do lobo posterior da hipófise (Sd. Sheehan).
A mortalidade materna chega a 1,7% dos casos. O prognóstico é mais sombrio quando existe HAS grave, postergação da interrupção da gravidez ou alguma complicação clínica associada ao DPP. A mortalidade fetal pode chegar a 100% em casos graves e 25% nos leves. A prematuridade Ý ainda mais a mortalidade perinatal.Inserção Baixa da Placenta (Placenta Prévia)
Placenta inserida no segmento inferior do útero, até 7cm do orifício interno, após a 28º semana. A incidência gira em torno de 0,5-1% das gestações. Pode ser classificada em:
Tem como principais fatores predisponentes:
· Multiparidade: principalmente quando há período interpartal curto.
· Idade: a placenta prévia é mais comum nas gestantes idosas.
· Curetagem uterina prévia.
· Gravidez gemelar.
· Patologias que deformem a cavidade uterina (malformações, miomatose).
· Cesarianas anteriores.
· Infecção puerperal.A hemorragia espontânea produz-se porque o bordo placentário se descola na formação do segmento inferior, por despregueamento do istmo. A placenta, não podendo acompanhar, arranca as conexões com a decídua basal, o que provoca hemorragia, originária dos espaços intervilosos, e, portanto, materna.
O sangramento é o sinal mais importante, sendo indolor, rutilante, aparecendo sem quaisquer esforços ou traumatismos, estando presente em Ý 90% dos casos.
A palpação abdominal às vezes identifica a estática fetal alterada. O exame especular é necessário para identificar a fonte do sangramento: obstétrica ou ginecológica. O exame digital é desaconselhado.
Na US o Dx só será definitivo no 3º trimestre, devido à possibilidade da placenta, de inserção baixa em idades gestacionais mais precoces, poder acompanhar o crescimento uterino, modificando sua posição em relação ao colo.A conduta dependerá da idade gestacional. Na gestação pré-termo, com sangramento discreto, indica-se:
Em caso de sangramento moderado ou grave, de difícil controle hemodinâmico, indica-se interrupção da gestação por CST. No termo ou presente maturidade indica-se a resolução da gestação, através de CST, nas placentas prévias total e parcial. Nas demais, pode-se aguardar o trabalho de parto permitindo-se o parto transpélvico se o estado hemodinâmico materno o permitir e a placenta prévia for lateral ou marginal. Nestes casos a amniotomia precoce pode ser indicada devido à possibilidade de compressão da borda placentária sangrante pelo efeito compressivo do pólo fetal.
A mortalidade perinatal situa-se entre 10-20%, devido à prematuridade. Além disso, está associada a outras condições: amniorrexe prematura, grande incidência de situações transverso-oblíquas, apresentação pélvica, sofrimento fetal e acretismo placentar.
As hemorragias dos últimos meses somente em 1/3 dos casos têm origem nas inserções viciosas da placenta, sendo necessário o Dx diferencial com as seguintes entidades: rotura do seio marginal, inserção velamentosa do cordão, DPP, carcinoma da cérvice e da vagina, pólipos, tumores da vulva e discrasias sangüíneas.Patologia do Trato Genital Inferior
O Dx diferencial dos sangramentos genitais da 2º metade da gravidez deve passar pelo exame ginecológico na busca de lesões do trato genital que possam causar sangramento, tais como: cervicites, lacerações, pólipos, neoplasias, varizes rotas, lesões causadas por agentes químicos ou mecânicos.
Febrasgo: ContracepçãoAbstinência Sexual Periódica
Os métodos de abstinência sexual periódica (naturais), são definidos como "métodos para evitar gestações pela observação dos sinais da fase fértil do ciclo menstrual, neste período deve haver abstinência sexual".
Pressupõem-se que o tempo de vida dos SPTZ no trato genital feminino seja de 72h e que o período de fertilidade do óvulo seja de 24-48h. Portanto, o período fértil varia entre 3-4 dias antes e 3 dias após a ovulação.
Desvantagens: eficácia ß ; exige orientação do casal; dependem da sua capacidade de aprendizagem; alteram o comportamento sexual; não conferem proteção contra as DSTs.Método Rítmico
O método de Ogino-Knaus (calendário ou tabela) busca encontrar o início e o fim do período fértil. Para utilizá-lo a mulher deve conhecer os últimos 6-12 ciclos (8 meses). Cálculo: Início do período fértil - diminuir 18 do ciclo mais curto; final do período fértil - diminuir 11 do ciclo mais longoMétodo da Temperatura Basal
Este método, baseia-se no Ý da T, entre 0,3-0,8o após a ovulação, devido à ação da progesterona no hipotálamo. A mulher deve registrar a T diariamente, a partir do 1º dia do ciclo. O termômetro deve ser colocado na boca, pela manhã, antes de qualquer atividade, durante 5 minutos. Para não engravidar, a mulher deve evitar relações desde o 1º dia da menstruação até que a T Ý de 0,3-0,8o por 3 dias consecutivos. Além de assegurar que a mulher já ovulou, essa precaução confirma que o óvulo não é mais fecundável. Observa-se uma ß da T no dia da ovulação, seguida de Ý nos dias seguintes. Por isso, o método da T serve para Dx de gravidez, pois a T continua Ý após o 28o dia do ciclo.Método do Muco Cervical
Também conhecido como Billings, baseia-se nas modificações cíclicas do muco cervical. Como proceder:
Método Sintotérmico
O método sintotérmico significa a utilização de indicadores múltiplos, Ý capacidade de identificar o início e fim do período de fertilidade, melhorando a eficácia do método e ß tempo de abstinência. Utiliza:
· muco cervical.
· fazer o cálculo do calendário.
· avaliar as variações da temperatura basal.Coito Interrompido
O coito interrompido baseia-se na capacidade do homem em pressentir a iminência da ejaculação e neste momento retirar o pênis da vagina. É importante ressaltar:
Conclusões
Métodos de Barreira
São denominados métodos de barreira aqueles que evitam a gravidez através do impedimento da ascensão dos SPTZ ao útero.Condom
Trata-se de um envoltório para o pênis, feito de látex. A eficácia do método depende: de seu uso correto, motivação do casal, tempo de experiência com o método e qualidade do produto. Falhas variam de 3-12%.
Os condons apresentam benefícios não contraceptivos importantes. Umas das grandes vantagens é a proteção contra DSTs, inclusive virótica (HPV, HIV, HBV).
Contra-indicação: dificuldades na manutenção da ereção e processos alérgicos ao látex (raros)O condom feminina é um novo contraceptivo de barreira, de poliuretano. Recobre a cérvice uterina, paredes vaginais e parte da vulva. Devido à maior área genital, tanto feminina quanto masculina, recobertas oferece proteção mais efetiva contra as DSTs. É mais resistente e durável que o masculino, com a vantagem de poder ser inserido fora do intercurso sexual.
Diafragma
É um pequeno dispositivo circular, de borracha, com borda firme flexível, que ao ser colocado na vagina forma uma barreira física sob o colo do útero.
Esponjas
As esponjas são feitas de poliuretano associados com espermaticida. Sua vantagem consiste na facilidade do uso, em poder ser colocada previamente ao intercurso sexual, ao fato de ser descartável e não requerer treinamento para sua aplicação.
Como os outros métodos de barreira as esponjas podem ß transmissão de DSTs. Desvantagens: custo Ý e a dificuldade para sua aquisição (importado). Contra-indicações, colaterais e complicações: mesmas do diafragma.Espermaticida
São substâncias que, colocadas no fundo da vagina têm ação de barreira por inativação dos SPTZ. Uma série de substâncias têm sido usadas, como: nonoxinol-9, octocinol e menfegol. Considera-se que os espermaticidas não oferecem proteção contraceptiva adequada, caso usados isoladamente. O mais recomendável é o uso do espermaticida associado ao diafragma ou condom, a fim de Ý eficácia isolada de cada um deles.Conclusões
Anticoncepcional Hormonal Combinado Oral
Nos últimos anos, novos hormônios e ß quantidade dos esteróides deram uma feição nova aos ACHOs. Desta forma, os preparados mais modernos são altamente seguros.Conceito
Existem 3 formas de combinação do estrogênio com o progestogênio. A mais usada, monofásica, é a associação contínua e na mesma dose em todas as pílulas. As outras, combinadas bifásica e trifásica, apresentam variações na dosagem dos esteróides ao longo do ciclo, tentando mimetizar a esteroidogênese ovariana.Aspectos Farmacológicos
O estrogênio usado é o etinilestradiol. Em altas doses, Ý risco de tromboembolismo.
Uma vez que alguns progestogênios apresentam maior atividade androgênica e que este efeito causa alterações no metabolismo lipídico, a escolha deve recair nos compostos com ß androgenicidade.
Os ACHOs inibem ovulação através do bloqueio da liberação de gonadotrofinas pela hipófise. Além disso, modificam o muco cervical tornando-o hostil à espermomigração, alteram o endométrio, modificam a contratilidade das tubas interferindo no transporte ovular e alteram a resposta ovariana às gonadotrofinas.
Efeitos Metabólicos
O risco de tromboembolismo com a utilização de ß doses de etinilestradiol é igual ao da população não usuária. Não ocorre Ý incidência de AVC e doença coronária em usuárias que não apresentem outros fatores de risco como: fumo, obesidade, HAS, hiperlipidemia e DM. Isto porque os progestogênios modernos são altamente seletivos, com pouca afinidade por receptores androgênicos e quase sem efeitos adversos sobre o metabolismo de carboidratos e perfil lipídico.
Os ACHOs podem produzir um Ý reversível da PA. As mulheres com maior risco para este Ý são as mais idosas e aquelas com Hx familiar ou pessoal (ex.: Hx de DHEG). Parece que este efeito seja resultado da atividade mineralocorticóide do progestogênio. Acredita-se que formulações que contenham progestogênios com atividade antimineralocorticóide como o gestodeno, tenham efeito relativamente menor.
A idade e o fumo são fatores de risco nas usuárias. A mortalidade é mínima entre as usuárias ß 35 anos e entre as não fumantes de 35-44 anos. Há interação importante entre o fumo e a pílula, criando risco muito mais alto. Portanto, a usuária de pílula, Ý 35 anos não pode fumar. Na mulher HAS ou com outros fatores de risco para doença cardiovascular como obesidade, DM e hiperlipidemia, a combinação fumo-pílula Ý muito o risco para a moléstia cardiovascular.
Os ACHOs de última geração não afetam o metabolismo lipídico uma vez que os progestogênios hoje utilizados são de ß androgenicidade e por isso apresentam pouca repercussão sobre o LDL e HDL. Sabe-se que o estrogênio ß o colesterol e a lipoproteína de baixa densidade, pode Ý triglicerídeos e Ý lipoproteína de alta densidade, sendo benéfico em termos de proteção cardiovascular.Relação com Neoplasias
As pílulas podem ß incidência de câncer de ovário, uma vez que determinam a inibição da ovulação, assim como ß risco de carcinoma de endométrio em até 60%, em virtude do efeito protetor do progestogênio no endométrio.
A maioria dos estudos, demonstra que os ACHOs não guardam relação com o Ý incidência do carcinoma de mama.
A respeito do câncer do colo uterino, os ACHOs por serem muito eficazes em evitar a gestação, permitem que as mulheres apresentem fatores de risco como o início precoce da atividade sexual, freqüência Ý de coito em mulheres jovens e múltiplos parceiros.Interações Medicamentosas
Usuárias de ACHOs e que recebem outras drogas podem apresentar a ocorrência de interações medicamentosas que levam à ß efeito anticoncepcional ou à ß ação terapêutica do outro medicamento. ATBs (rifampicina, ampicilina, tetraciclina), anticonvulsivantes (carbamazepina, barbitúricos, hidantoína) e anti-histamínicos ß eficácia dos ACHOs.
Contra-Indicações
Situações nas quais as usuárias devem receber uma supervisão médica mais cuidadosa:
Efeitos Benéficos
Conclusão
A última geração de ACHOs disponível não é apenas altamente efetiva, mas também segura para mulheres sadias ß 35 anos bem como, para mulheres de mais idade sem doenças ou fatores de risco como: fumo; obesidade; DM; hiperlipidemia; HAS, doenças tromboembólicas e cardiovasculares. Nos dias atuais pode-se recomendar a pílula para mulheres sadias e não fumantes até os 50 anos.
Injetável Mensal
Os injetáveis mensais são aplicados IM, com aplicações ulteriores a cada 30 dias. Os estrogênios foram associados ao progestogênio para ß alterações do padrão menstrual. Os estrogênios naturais, são de ação curta, porém com níveis séricos diferentes. Por este motivo, não determinam hiperplasia endometrial. Paradoxalmente, com a ß dos seus níveis, descama a camada superficial do endométrio, surgindo o fluxo sangüíneo.
A ação anticonceptiva reside no efeito do progestogênio sobre o eixo neuroendócrino inibindo a ovulação, pelo bloqueio do pico do LH, que permanece em seus níveis basais. Secundariamente são observadas atividades sobre o muco cervical, endométrio e peristalse tubária, ampliando seu potencial anticonceptivo. Com esse elenco de ações, o injetável mensal combinado oferece quase 100% de eficácia na inibição da ovulação e do risco de gravidez.Vantagens
Desvantagens
Contra-Indicações
Injetável Trimestral
A anticoncepção injetável trimestral é realizada com o uso do acetato de medroxiprogesterona de depósito (AMP-D). Uma só injeção oferece anticoncepção altamente eficaz durante 3 meses. Por conter apenas o componente progestogênico, o método não tem várias das contra-indicações atribuídas ao estrogênio sintético. Este padrão possibilita uma proteção quase completa por 2 semanas além da data em que se deveria aplicar a nova injeção. Não existe efeito cumulativo após várias injeções.Mecanismo de Ação
Eficácia e Continuidade
Sua eficácia prática é igual à teórica, com taxas de falha muito baixas. Os distúrbios menstruais são os principais responsáveis pela descontinuidade do método.Indicações
O AMP-D somente deve ser usado, não havendo outro método disponível:
O AMP-D não pode ser usado nas seguintes condições:
Vantagens
Muito eficaz; seguro; fácil de usar; não requer rotina diária; ação prolongada; reversível (com demora); independente do coito; privacidade; pode ser usado durante a lactação; amenorréia; não possui interação medicamentosa.Desvantagens
Irregularidade menstrual; amenorréia; não proporciona proteção contra DSTs; demora no retorno da fertilidade; em caso de efeitos colaterais, não pode ser retirado.Efeitos Colaterais
Implantes
Alguns métodos modernos apresentam a mesma eficácia que a própria ligadura (modernos DIUs, injetáveis mensais e os trimestrais).Definição e Descrição
Os implantes contraceptivos são constituídos de silicone com hormônio no seu interior, que é liberado continuamente para a corrente sangüínea, proporcionando o efeito contraceptivo. O mais popular de todos contém o progestogênio. Foi demonstrado que o implante inibe a ovulação por, pelo menos, 6 meses e que seu uso poderia ser estendido às mulheres que estão amamentando, já que, mesmo passando a substância para o leite materno, a sua absorção seria praticamente desprezível para o lactente. A grande maioria das mulheres (83%) tem amenorréia nos primeiros 6 meses de uso.Inserção dos Implantes
A inserção dos implantes é feita no subcutâneo da face interna do braço, a 4 dedos acima da prega do cotovelo.Mecanismo de Ação
O levonorgestrel é liberado continuamente das cápsulas até completar o seu período total, 5 anos. A anticoncepção é conseguida graças à associação de anovulação com o efeito progestogênico inibindo a produção de muco cervical e alterando o endométrio.
Seleção das Pacientes e Orientação
As contra-indicações para uso dos implantes são as mesmas que aquelas para o uso dos contraceptivos hormonais orais contendo apenas progestogênio. Vantagens:
As desvantagens que estão associadas ao uso de implantes contraceptivos são:
Alterações do Ciclo Menstrual - Muitas mulheres experimentam um Ý número de dias de sangramento leve. Algumas se tornam amenorréicas, especialmente durante o 1º ano de uso, e algumas apresentam um Ý número de dias de sangramento mais forte.
- Ganho de Peso - a média de Ý peso durante os 5 anos de uso é de 2-3kg.
- Sensibilidade Mamária - poucas vezes acompanhada de dor intensa.
- Interação com Medicamentos - Os anticonvulsivantes, com exceção do ácido valpróico, ß significativamente a ação contraceptiva dos implantes. Outros medicamentos: rifampicina, carbamazepina, fenitoína, fenobarbital, fenilbutazona.
- ß Densidade Óssea - Os progestagênios de ação prolongada podem correlacionar-se à ß densidade óssea, tanto em mulheres magras quanto nas mais gordas, de caráter reversível.
- Dificuldade de Remoção - O procedimento de retirada dos implantes é uma cirurgia mínima.
- Infecção no Local dos Implantes - embora muito rara, pode levar à expulsão ou à necessidade de remoção dos implantes.
- Cistos Ovarianos - Como a inibição do eixo neuroendócrino que controla o sistema reprodutivo é menos pronunciada do que a causada pelos ACHOs, especialmente quanto à supressão da secreção do FSH, a ocorrência de cistos ovarianos deve ser considerada.
Os efeitos colaterais produzidos pelos implantes são muito pouco freqüentes. O mais comum é a cefaléia (16-18%), seguem-se nervosismo, sensibilidade mamária, vertigens, náuseas, dermatite, acne, Ý peso, galactorréia e crescimento de pelos ou perda de cabelo.
Dispositivo Intra-Uterino
Apresenta grande eficácia, ausência de efeitos metabólicos sistêmicos e Ý taxa de continuidade.Mecanismo de Ação
O DIU exerce seu efeito anti-fertilidade de forma variada e pode interferir no processo reprodutivo antes mesmo do ovo atingir cavidade uterina. O DIU atua sobre os óvulos e os SPTZs de várias maneiras:
Tipos de DIU e Eficácia
O TCu 380A já foi liberado para uso durante 10 anos e a previsão é que tenha maior durabilidade. Seu índice de falha é ß 1 por 100 mulheres/ano. Outro DIU existente no mercado é o DIU liberador de progesterona (alto custo e durabilidade de apenas 1 ano). Sua eficácia é de 95 por 100 mulheres/ano, sendo o único DIU que ß perda sangüínea menstrual. Para substitui-lo, surgiu o DIU de levonorgestrel (LNG-20), com duração de 5 anos e de elevada eficácia.
Em geral, os DIUs de Cu de 2° geração são mais eficazes e produzem menos efeitos colaterais que os de 1° geração. As taxas de gravidez oscilam entre 0,5-0,7 por 100 mulheres/ano, são menores que as taxas obtidas com os ACHOs e comparáveis aos implantes e injetáveis.Critérios da OMS para uso dos DIUs
Contra-indicações absolutas.
O seu uso pode apresentar alguns riscos, que habitualmente superam os benefícios.
O método pode apresentar alguns riscos, sendo no geral, menores que os benefícios.
Uso sem Restrições.
Inserção
A inserção pode ser conduzida em qualquer período do ciclo menstrual, preferivelmente durante a menstruação. Facilitada pelo amolecimento cervical, o sangramento é mais tolerável e a possibilidade de gravidez é muito menor.
Complicações da Inserção
Intercorrências Durante o uso do DIU
Ligadura Tubária
Ligadura tubária constitui método permanente de contracepção, realizado através da obstrução do lúmen tubário, impedindo o transporte e a união dos gametas. Independente da técnica ser utilizada recomenda-se o 1/3 proximal da tuba (istmo) como o local ideal para ligadura.Falha Contraceptiva
Embora sua eficácia teórica seja de 100%, na prática é observado falha de 0,3 gestações para cada 100 mulheres/ ano. As falhas podem ser classificadas em:
As eventuais alterações menstruais ou dor após a ligadura parecem ser devidas muito mais à suspensão do método previamente utilizado (DIU ou ACHOs) que regularizava os ciclos anteriormente irregulares.
Vasectomia
Consiste em: secção e/ou oclusão do canal deferente, sendo seguro, eficaz e de fácil execução.
É um método contraceptivo permanente. Uma vez estabelecida azoospermia, a vasectomia oferece uma grande segurança contraceptiva, com falha de apenas 0,1-0,15 por 100 homens/ano. A recanalização espontânea é rara.
Repercussões Sistêmicas
Pacientes que realizaram a vasectomia não demonstram Ý incidência de:
Anticoncepção de Emergência
Indicações
Mecanismo de Ação
A anticoncepção de emergência envolve uma ou mais fases do processo reprodutivo, interferindo na ovulação, espermomigração, transporte e nutrição do ovo, fertilização, função lútea e implantação.
Em condições normais, a fertilização ocorre na ampola até 72h após o intercurso sexual. Ocorrendo condições favoráveis à implantação do blastocisto (após 3 dias de ovo-transporte), esta ocorrerá no 6o dia do período pós-ovulatório.Procedimentos
Os ACHOs, usados em doses elevadas, constituem a melhor opção na ausência de contra-indicação ao seu uso. O "Regime de Yuzpe", que consiste na tomada de 100m g de etinilestradiol + 500m g de levonorgestrel, em 2 doses com intervalo de 12h, é o mais adequado e com alta eficácia.
Apesar das contra-indicações comuns dos ACHOs, o regime de Yuzpe é indicado, levando-se em consideração que pior seria uma gravidez indesejada. Deve ser procedimento de exceção, pois a habitualidade pode estabelecer severos agravos às usuárias. A eficácia é tanto maior quanto mais precoce for o uso do esquema.Eficácia
O risco de gravidez para cada relação sexual não protegida varia de O-30%. Este risco é maior nos 3 dias que antecedem a ovulação, no dia da ovulação e no 1o dia subsequente à ovulação. A análise estudos sobre anticoncepção de emergência, com uso de ACHOs em dose aguda, aponta para uma ß incidência de gravidez de 75% sobre o risco calculado. Portanto, as taxas de falha variam de 0.03-0.3%.Efeitos Colaterais
As náuseas e vômitos são os efeitos mais comuns do regime de Yuzpe. É necessário orientar quanto à possibilidade de uso de dose adicional em caso de vômitos. A anticoncepção de emergência com hormônios pode provocar antecipação do fluxo menstrual, sendo comuns as alterações no padrão de sangramento. Em caso de atraso menstrual, ou persistência de sangramento anormal, deve ser afastada a possibilidade de gravidez.
Conclusões
A anticoncepção de emergência constitui uma alternativa de caráter excepcional.
Anticoncepção na Adolescência
A atividade sexual na adolescente, geralmente exercida sem a devida responsabilidade, Ý freqüência de alguns problemas, como: gravidez não planejada, abortamentos induzidos, DSTs, AIDS e câncer do colo uterino.Métodos Comportamentais
Conclusões
Anticoncepção na Lactação
Quando a mulher amamenta, o retorno da menstruação é deferido por tempo imprevisível, podendo chegar a 2 anos. Não significa entretanto, que o fato de tornar-se amenorréica, durante período tão longo, a ovulação não retorne antes disso. Nas lactantes, a ovulação não ocorrerá antes dos 50 dias de pós-parto, não se justificando iniciar a anticoncepção antes deste prazo. A lactação deve sempre ter prioridade e o método anticoncepcional não deve interferir neste processo.
Métodos Apropriados Durante a Lactação
Primeira Escolha
Segunda Escolha
Terceira Escolha
Conclusões
Os serviços devem priorizar a programação do aleitamento materno, principalmente em mulheres que não aceitam o aleitamento como método anticoncepcional, para que elas nunca se utilizem dos que possam interferir negativamente na amamentação.
Anticoncepção no Climatério
O climatério compreende um período da vida biológica feminina que marca a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo. A fase inicial ou precoce do climatério não tem limites bem definidos, admitindo-se no entanto iniciar-se aos 35 anos.
Observa-se neste período uma ß da fertilidade do casal. Existe um Ý de ciclos anovulatórios, uma ß da fertilidade masculina e uma ß da freqüência das relações sexuais. Estes motivos explicam a maior eficácia de todos os métodos anticoncepcionais nesta faixa etária.
A anticoncepção na perimenopausa reveste-se de importância fundamental, pois uma gravidez pode Ý o risco de mortalidade materna e de MFC fetais. Existe de outra parte a preocupação com eventuais riscos que os métodos anticoncepcionais possam acarretar ao organismo feminino neste período da vida.
A anticoncepção deve ser mantida no climatério enquanto existe função folicular e possibilidade de ovulação. A presença de sintomas de hipoestrogenismo e/ou principalmente níveis plasmáticos Ý de FSH podem atestar a falência ovárica, devendo-se interromper a anticoncepção quando ocorrer amenorréia de pelo menos 12 meses.
Métodos de Barreira: Têm a vantagem de não apresentar efeitos sistêmicos e poucos efeitos colaterais. Apesar de terem eficácia ß que os métodos hormonais e o DIU, como neste período etário a fertilidade está ß , principalmente em mulheres com ciclos menstruais irregulares, isto resulta em índice de falha do que em mulheres na menacme. O condom pode causar Ý de impotência, por ß a sensibilidade peniana. O diafragma pode ser utilizado, desde que a mulher não tenha problemas de estática pélvica, decorrentes de partos anteriores.
- DIU: Trata-se de boa escolha contraceptiva reversível para mulheres Ý dos 35 anos. Apresenta Ý eficácia neste grupo etário com ß possibilidades de perfuração, expulsão, remoção, cólica menstrual, gravidez ectópica e DIP. Os DIUs de Cu podem permanecer in situ por um longo período sem alterar a sua eficácia. O DIU com progestogênio têm sua melhor indicação na mulher climatérica. A desvantagem do método está em Ý a freqüência de menorragia em uma fase da vida da mulher, na qual as alterações menstruais são uma constante.
- Anticoncepção Cirúrgica: A laqueadura tubária e a vasectomia são métodos em geral adequados para casais que estão seguros e desejosos da contracepção permanente. Na realização da laqueadura tubária, tem-se a possibilidade do Dx de ginecopatias presentes.
- Injetável Mensal: Os injetáveis mensais oferecem doses aceitáveis de esteróides sexuais e, por conterem estrogênios naturais, podem ser usados com segurança na mulher climatérica, desde que observadas as suas contra-indicações.
- Injetável Trimestral: É considerado excelente para mulheres nesta faixa etária pela sua grande eficácia, observando-se as contra-indicações. Além disso, oferece proteção endometrial. Após a injeção inicial, o endométrio se torna atrófico, podendo ser este efeito benéfico, particularmente em mulheres anovuladoras com endométrios sob efeito estrogênico não antagonizado, ocorrência extremamente comum durante o climatério. A principal desvantagem refere-se às modificações do padrão menstrual, entre elas, a amenorréia (55-60%) e as irregularidades menstruais (20-25%). Tais irregularidades podem limitar a aceitação e a continuidade do método e trazer preocupação pela presença de eventuais anormalidades endometriais.
- Minipílula: Tendo em vista a ß da fertilidade, que se observa nesta faixa etária, o emprego isolado de progestogênios tem Ý eficácia no climatério, apesar da mesma ser inferior a dos ACHOs. Seu uso é restrito aos casos de intolerância e/ou contra-indicações aos estrogênios. Tem como inconveniente a alta freqüência de irregularidades menstruais, que já é comum nessa faixa etária e a supressão da lipoproteína protetora da arteriosclerose.
- ACHO: Os ACHOs podem ser utilizados em mulheres Ý dos 35 anos, devendo ser empregados os que contêm desogestrel ou gestodene, com 20-30mg de etinilestradiol. Essas associações, além de garantir a excelente eficácia, têm melhor tolerabilidade, ß os fatores de risco. O mínimo risco de trombose associado com os ACHO não justifica o uso rotineiro de exames para rastreamento de deficiências no sistema de coagulação. Não existe exame específico para a seleção de pacientes candidatas a contracepção hormonal no período do climatério. Os exames devem ser recomendados com base exclusiva nos programas de atenção primária à saúde da mulher. O tabagismo em mulheres Ý dos 35 anos constitui contra-indicação para os ACHO. A interrupção do hábito de fumar deve ter ocorrido há pelo menos 1 ano para se considerar uma mulher como ex-tabagista e permitir o uso destes fármacos. Além dos benefícios não contraceptivos já referidos genericamente para usuárias de ACHO, seu emprego em mulheres perimenopáusicas adiciona os seguintes benefícios que são específicos neste período da vida:
- Ciclos menstruais regulares
- redução do fluxo menstrual e da dismenorréia
- redução da anemia
- Manutenção da densidade mineral óssea
- Proteção contra arteriosclerose
- tualmente não existe qualquer razão que impeça, em mulheres saudáveis não tabagistas, o uso dos ACHO de ß dosagem até a menopausa, obedecendo o limite máximo de 50 anos.
Anticoncepção em Situações Especiais Doenças Endócrinas
Diabete Melito
Na vigência de complicações, deve ser muito bem estudado o risco de uma gravidez. Por exemplo, HAS e neuropatia DM podem afetar negativamente a gravidez e a gestação pode piorar uma retinopatia pré-proliferativa ou proliferativa.
Um ponto a ser discutido com a mulher DM e a sua família é a incidência Ý de problemas fetais. Incluindo: abortamentos espontâneos, prematuridade, óbito intra-uterino, morbidade neonatal e MFCs. Do mesmo modo, há maior incidência de HAS na gestação, ITU, CST e infecção pós-parto/ pós-CST.
Existe uma relação entre a falta de controle metabólico da mulher DM e a ocorrência de MFCs fetais. A mulher DM não deve engravidar até ter sua glicemia controlada. Vários estudos evidenciaram que níveis elevados da glicemia e/ou da Hb glicosilada (HgAlc) durante o período da organogênese (2 -8 semanas) resultam em MFCs. Desde que seja estabelecido um adequado controle metabólico antes da gravidez, o risco de MFCs torna-se similar ao dos filhos das mulheres não DM.Anticoncepção
Em mulheres que haviam apresentado diabete gestacional, a utilização dos contraceptivos hormonais orais de baixa dose, não acarretou alterações duradouras no metabolismo dos carboidratos.
Os estudos publicados mostram que o contraceptivo hormonal oral combinado de baixa dose pode ser utilizado por mulheres diabéticas insulino-dependentes. Para tanto, faz-se necessário uma adequada monitorização metabólica e eventualmente ajustar a dose de insulina.
O diabete melito deve ser considerado como contra-indicação relativa para o uso do contraceptivo hormonal, na dependência de cada paciente. Diabéticas bem controladas, não tabagistas e menores de 35 anos de idade podem ser candidatas ao uso do mesmo, enquanto que as mulheres com doença mais avançada, com complicações vasculares, devem usar outro tipo de anticoncepcional. Recomenda-se monitorização diária da glicemia de jejum pelo menos nas primeiras semanas de uso da pílula, e, após seis meses dosar a hemoglobina glicosilada, a lipidemia e semestralmente a glicemia de jejum e o GTT. Em recente estudo, mulheres diabéticas insulino-dependentes usuárias de pílulas contendo progestogênios de última geração, durante um ano, não apresentaram alteração nem do controle glicometabólico nem nós níveis sangüíneos das lipoproteínas conhecidas que são associadas à arteriosclerose.Dispositivo Intra-uterino
Comparando o uso do DIU de cobre por mulheres diabéticas insulino-dependentes com mulheres não diabéticas, pesquisas mostraram não haver nenhuma diferença nas taxas de continuação e de remoção devido a infecção.
A utilização dos modernos DIUs de cobre por mulheres diabéticas insulino-dependentes, não evidenciou nenhuma diferença nas taxas de continuação e nas taxas de remoção devido a gravidez.
De acordo com o Comitê de Avaliação de Métodos Anticoncepcionais da OMS, o uso do DIU em mulheres diabéticas, enquadra-se na categoria 1 - uso sem restrições.Contracepção Cirúrgica Voluntária
Especificamente, no caso das mulheres diabéticas, quando elas já tiveram o número de filhos desejados ou quando a gravidez é contra-indicada, a ligadura pode ser uma excelente opção.
Recomenda-se realizar todo procedimento cirúrgico em diabéticas insulino-dependentes o mais cedo possível no período da manha. Antes da cirurgia recomenda-se administrar a metade da dose de insulina usual da manhã. Não sendo possível, quando realizado à tarde, as mulheres devem ser mantidas bem hidratadas e com monitorização glicêmica.
A vasectomia, em casais com prole definida, tem a sua indicação idêntica àquela de casais sem doença. Em se tratando de cônjuges jovens, onde existe contra-indicação à nova gravidez devido ao diabetes na mulher, a opção melhor será a ligadura tubária ao invés da Vasectomia.
Fisiologia Ovariana
A gônada feminina sofre profundas alterações desde a vida embrionária até a menopausa. Na 5º semana, as células germinativas primordiais migram do saco vitelino até a crista gonadal. As divisões mitóticas cessam na 7º semana de vida embrionária, quando a população total de células germinativas já está definida, passando a serem denominadas oócitos. Essas células permanecem em estágio de prófase da 1º divisão meiótica, cujo processo pode perdurar até a proximidade da menopausa.
O subseqüente declínio na população de oócitos é decorrente de 2 mecanismos: ovulação e atresia folicular.
O número máximo de células germinativas no ovário fetal, alcançado na 20a semana, tem sido estimado entre 6 e 7 milhões, declinando rapidamente para 2 milhões de oócitos por ocasião do nascimento.
Até a menarca, o fenômeno de atresia diminui ainda mais essa população, fazendo com que a mulher inicie a sua vida reprodutiva com 400.000 oócitos.
O oócito primário detido no estágio de prófase da 1º divisão meiótica completará a sua evolução graças ao pico de LH pré-ovulatório, quando se verifica a extrusão do primeiro corpúsculo polar, e assim alcança o estágio de metáfase.Fase Folicular
Na fase folicular destacam-se três eventos.
1. Recrutamento
Esse termo caracteriza a gonadotrofina-dependência do folículo (fase de crescimento rápido). O recrutamento começa ao final da fase lútea do ciclo prévio. O mecanismo é pouco conhecido, mas depende basicamente da atuação de fenômenos parácrinos no parênquima ovariano.2. Seleção
Indica a redução final do tamanho da coorte no processo ovulatório, levando um grande número de folículos à atresia. E a culminação do recrutamento e o momento no qual a influência de um foIículo único condiciona um ambiente onde somente ele poderá amadurecer e atingir a postura ovular.3. Dominância
É o intervalo de crescimento que sucede a seleção e precede a postura ovular. O folículo que mais rapidamente adquire aromatase e receptores FSH torna-se dominante. O eixo hipotálamo-hipofisário requer níveis de 200pg/ml de l7b -estradiol, por um período mínimo de 36h, para descarregar um pico de LH suficientemente capaz de detonar a postura do óvulo.Postura Ovular
O mais significativo marcador é o pico de LH que é precedido de um aumento acelerado de estradiol sérico. A ovulação ocorre 10-12h após o pico, e 36h após o início da onda de LH.
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Esse evento garante o prosseguimento da meiose, com a extrusão do 1º corpúsculo polar, tornando o oócito apto a ser fertilizado.Fase Lútea
A função do corpo lúteo depende, fundamentalmente do desenvolvimento adequado das células da teca e da granulosa durante a fase folicular.
Essa estrutura endócrina é necessária para manter a gestação, até que a placenta adquira competência para secretar quantidade adequada de progesterona. Estudos utilizando o modelo de receptora em programa de doação de oócitos confirmaram a 8º semana de gravidez como a fase de transição da dominância entre o corpo lúteo e a placenta, na secreção de progesterona.Anovulação
Os distúrbios da ovulação podem ser conseqüência do comprometimento anatômico ou funcional do eixo hipotalámico-hipofisário-ovariano, associado a distúrbios de glândulas anexas (tireóide e adrenais) ou a alterações do meio ambiente interno ou externo.
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Abortamento
Ameaça de Abortamento
Tipos de Abortamento
Aborto Retido
Aborto Séptico
Incompetência Istmocervical
Doenças da Mama
Fibroadenoma de Mama, Alteração Fibrocística, Papiloma Intraductal, Descarga Mamilar, Ginecomastia, Telarca Precoce e Hipertrofia Mamária no RNFibroadenoma
Alteração Fibrocística
Papiloma
Descarga Mamilar
Ginecomastia
Hipertrofia Mamária do RN e Telarca Precoce
Doenças Benignas da Mama
Distúrbios da Diferenciação Sexual e Hipogonadismo
Sd. Testículos Feminilizantes (Morris), Sd. Rokitanski, Sd. Turner, Amenorréia, Hermafroditismo, Pseudo-hermafroditismoSíndrome do Testículo feminilizantes (Morris)
Síndrome de Rokitanski
Síndrome de Turner
Amenorréia Primária e Secundária
Hermafroditismo e Pseudo-Hermafroditismo
Síndrome dos Ovários Policísticos
Puberdade Precoce
Síndrome de Kalmann
Disgenesias Gonadais
Ovários Policísticos
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Infecções de Vias Aéreas Superiores
Rinofaringite Aguda, Amigdalite, SinusiteRinofaringite Aguda
Amigdalite
Sinusite
Polidrâmnio e Oligodrâmnio
Líquido Amniótico, Âmnio NodosoLíquido Amniótico
Oligodrâmnio
Polidrâmnio
Âmnio Nodoso
Complicações Tardias da Gestação
Amniorrexe Prematura, Corioamnionite, Trabalho de Parto Prematuro, Gravidez ProlongadaAmniorrexe Prematura
Amniorrexe Prematura - Conduta
Corioamnionite
Trabalho de Parto Prematuro
Gestação Prolongada
Amniorrexe Prematura
Contracepção
Anticoncepcionais Hormonais Orais, Anticoncepção de Emergência, Minipílula, Laqueadura, DIU, Preservativos
Anticoncepcionais Hormonais Orais
Anticoncepcionais Hormonais Orais - Indicações
Anticoncepcionais Hormonais Orais – Contra-Indicações
Anticoncepção de Emergência
Minipílula
Laqueadura
DIU
Preservativos
Contra-indicações absolutas aos DIUs
Hemorragias da 2º Metade da Gravidez
Placenta Prévia, Descolamento Prematura da Placenta, Coagulopatias na Gestação, Embolia por Líquido AmnióticoHemorragias da 2° Metade da Gestação
Placenta Prévia
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Descolamento Prematuro da Placenta
Coagulopatias na Gestação
Embolia por Líquido Amniótico
Tipos de Placenta e Hemorragias (HC):
· Placenta Circunvalada (cordão curto): DPP
· Placenta Membranosa com Inserção Marginal ou Velamentosa do Cordão: Placenta Prévia
Diferenças entre Placenta Prévia e DPP:
|
Placenta Prévia |
DPP |
Manifestações Clínicas |
instalação insidiosa, gravidade progressiva |
começo tempestuoso, instalação súbita |
Sangramento |
indolor, exceto durante contrações |
dor forte |
|
hemorragia externa, sangue vermelho brilhante |
hemorragia interna inicialmente, depois exteriorizada, sangue escuro |
|
hemorragia de repetição |
hemorragia única |
|
hemorragia de surgimento inesperado |
hemorragia vinculada à toxemia ou traumatismo |
|
hemorragia ß após amniotomia e Ý com metrossístoles |
hemorragia continua após amniotomia, ß com metrossístoles |
Útero |
Contorno uterino preservado |
útero Ý , contorno modificado dependendo da hemorragia oculta |
Apresentação |
Não insinuada (a placenta está obstruindo a insinuação) |
a altura da apresentação não tem significado no quadro clínico |
BCF |
Presente e normal |
BCF presente ou ausente, cardiotoco anormal (sofrimento fetal) |
US |
Faz o Dx |
pode ser normal |
Parcial de Urina |
Normal |
proteinúria e cilindros (DHEG) |
Fatores de Risco |
Multiparidade |
DHEG |
Tratamento |
CST (com feto vivo ou morto) |
Feto vivo: CST; dúvida: CST; feto morto: vaginal |
Estática Fetal, Data Provável do Parto e Pré-Natal
Apresentação, Posição, Situação, Sinclitismo, Idade Gestacional, Bacia, Ganho de Peso, Pré-Natal, Drogas na GestaçãoApresentação
Posição
Situação
Sinclitismo
Idade Gestacional
Bacia
Ganho de Peso e Dieta na Gestação
Pré-Natal
Pré-Natal - Sorologias
Drogas na Gestação
Estática Fetal:
· Apresentação Cefálica Fletida: lâmbda.
· Apresentação Cefálica Defletida de 1º Grau: bregmática (bregma).
· Apresentação Cefálica Defletida de 2º Grau: fronte (glabela).
· Apresentação Cefálica Defletida de 3º Grau: face (mento).
- Insinuação: é a passagem pelo estreito superior do maior plano perpendicular à linha da orientação.
- Sinclitismo: é a inclinação lateral da apresentação para ultrapassar o estreito superior.
- Posição: é a relação do dorso fetal com o lado direito ou esquerdo materno.
- Variedade de Posição: é a relação entre os pontos de referência maternos e fetais.
- Assistência Básica Pré-Natal
- No Brasil, Ý 95% das grávidas freqüentam o serviço de pré-natal, no entanto a morbimortalidade materna e perinatal permanece Ý , refletindo deficiências no atendimento.
- Calendário de Consultas
- A gestante deve procurar o serviço de pré-natal o mais cedo possível, impreterivelmente no 1º trimestre, a fim de que a investigação a respeito de sua saúde seja completada em tempo hábil.
- O número total de consultas, preconizado pela OMS, não deve ser ß 6. Qualquer número ß desta cifra é considerado como atendimento deficiente.
- Exame ginecológico e obstétrico: exame das mamas, altura uterina, BCF, situação e apresentação fetal pelas manobras de Leopold. Exame especular, na 1º consulta, avaliando-se cuidadosamente as paredes vaginais, colo uterino, CO, além do toque vaginal. O obstetra deve orientar a gestante a respeito da necessidade de realizar este exame detalhado, já que o momento é apropriado para um check up geral da saúde.
- Cálculo da Idade Gestacional
- Usa-se a regra de Nagele, levando-se em consideração a duração média da gestação de 280 dias ou 40 semanas (a partir da DUM), ou acrescentar 7 dias para as multíparas e 10 dias para as primigestas ao 1º dia da DUM e adicionar 9 meses ao mês em que ocorreu a última menstruação.
- Controle da Pressão Arterial Durante o Pré-Natal
- Objetivo: detectar DHEG precocemente evitando suas futuras conseqüências. Considerar como hipertensão na gravidez:
- · Ý 30mmHg na PS e/ou Ý 15mmHg na PD.
- · A observação de níveis tensionais Ý 140mmHg de PS, e Ý 90mmHg de PD. Níveis tensionais iguais ou superiores a 140x90mmHg exigem confirmação no final da consulta e após 30 minutos de repouso em DLE.
- Ausculta dos Batimentos Cardiofetais
- É feita de rotina em cada consulta, é considerada normal entre 110-160 bpm.
- Exames Complementares de Rotina
- · Hemograma: hematócrito, hematimetria, hemoglobina, leucócitos e plaquetas.
- · Tipagem sangüínea e fator Rh. Se necessário teste de Coombs indireto.
- · Sorologia para sífilis: se for (-), repetir a cada trimestre.
- · Parcial de urina: proteinúria, piúria, hematúria, cilindrúria.
- · Glicemia de jejum.
- · Teste simplificado de tolerância à glicose: realizar após a ingestão de 50g de glicose, entre 24-28 semanas. Se resultado for ß 140, repetir entre 32-36 semanas; se for igual ou Ý , fazer curva glicêmica com 100g de glicose.
- · CO: prevenção do câncer ginecológico do colo uterino e infecções vaginais.
- · Anti-HIV: deve ser oferecido a todas as gestantes.
- · Sorologias: rubéola, toxoplasmose, em pacientes de risco (profissionais de saúde, usuárias de drogas, funcionários de bancos de sangue), sorologia para HBV. Anticorpos contra rubéola devem ser feitos de preferência no pré-nupcial. Lembrar nas não-imunes a realização da vacina específica no puerpério.
- · US: 1 por trimestre; caso não seja possível, realizar entre 20-22 semanas, para avaliar a anatomia fetal e ser bastante fidedigna em relação à Ig.
Secundamento Patológico
Retenção Placentária, Inversão Uterina, Atonia Uterina, Hemorragias do Pós-SecundamentoRetenção Placentária
Inversão Uterina
Hemorragias Pós-Secundamento – Atonia e Trauma
Auxílio ao Parto Normal
Episiotomia, Indução do Parto Normal, Contratilidade UterinaEpisiotomia
Indução do Parto
Contratilidade Uterina
Contratilidade Uterina
Doença Inflamatória Pélvica
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Doenças Sexualmente Transmissíveis
Carcinoma do Endométrio
Fisiopatologia
Fatores de Risco
Diagnóstico
Tratamento
Patologias tumorais da Mama
Câncer de Mama, Nódulo de MamaNódulo de Mama
Epidemiologia
Fatores de Risco
Manifestações Clínicas
Exames Complementares
Tratamento
Estadiamento
Epidemiologia do Câncer
Casos de Câncer de Mama no Brasil: |
40 mil |
Casos de Câncer do Colo do Útero no Brasil: |
20 mil |
Mortes por Câncer de Mama no Brasil: |
Ý 7 mil |
Mortes por Câncer do Colo do Útero no Brasil: |
7 mil |
Mortes por Câncer de Mama no Paraná: |
370 |
Mortes por Câncer do Colo do Útero no Paraná: |
350 |
Incidência de Câncer no Brasil: |
1° : Pele Não Melanoma; 2° : Mama; 3° : Colo do Útero |
Incidência de Câncer no Brasil em Homens: |
1° : Pele Não Melanoma; 2° : Pulmão; 3° : Próstata |
Incidência de Câncer no Brasil em Mulheres: |
1° : Mama; 2° : Colo do Útero; 3° : Pele |
Mortalidade por Câncer em Homens e Mulheres: |
1° : Estômago e Pulmão; 2° : Mama; 3° : Colo do Útero |
Fonte: INCA |
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Tratamento do Câncer de Mama
· Caso responda a Qmt: cirurgia conservadora
· Caso Não Responda a Qmt: cirurgia radical
Tumores e Cistos do Ovário
Cistos Ovarianos, Cistos Tecaluteínicos, Tumores Benignos, Tumores MalignosCistos Ovarianos
Cistos Tecaluteínicos
Tumores Benignos
Fatores de Risco
Tipos Histológicos
Manifestações Clínicas
Tratamento
Gestação de Alto Risco e Sofrimento Fetal
Sofrimento Fetal, Cardiotocografia, Retardo do Crescimento Intra-UterinoSofrimento Fetal Agudo
DIP
Cardiotocografia
Sofrimento Fetal Crônico
RCIU
Fisiologia da Reprodução
Estrógeno, Progesterona, Prolactina, LH e FSHFisiologia
Adolescência
LH
Progesterona
Estrógeno
Ovulação
Muco Cervical
Formação do Estrógenos
Síndrome dos Ovários Policísticos
Embriologia
Embriologia, Hormônios Sexuais Durante a Gestação, Placenta, Cordão Umbilical, Trocas PlacentáriasEmbriologia
Hormônios Sexuais Durante a Gestação
Placenta
Cordão Umbilical
Trocas Placentárias
Complicações da Menstruação
Hemorragia Uterina, Dismenorréia, Tensão Pré-MenstrualFisiopatologia
Manifestações Clínicas
Exames
Tratamento
Dismenorréia
Tensão Pré-Menstrual
Diabetes Gestacional
Manifestações Clínicas
Exames complementares
Tratamento
Propedêutica da Gravidez
Amniocentese, Cordocentese, Biópsias do Vilo Corial, Testes de Maturidade Pulmonar, Perfil Biofísico Fetal, Doppler, Manobras de Leopold, Dx de Gravidez, Translucência NucalAmniocentese
Cordocentese
Biópsia do Vilo Corial
Testes de Maturidade Pulmonar
Perfil Biofísico Fetal
Doppler
Manobras de Leopold
Diagnóstico de Gravidez
a -fetoproteínas
Translucência Nucal
Doença Gestacional Trofoblástica
Mola, Coriocarcinoma, Cistos Tecaluteínicos
Cistos Tecaluteínicos
Eclâmpsia e Pré-Eclâmpsia
Epidemiologia
Fisiopatologia
Manifestações Clínicas
Síndrome HELLP
Pré-Eclâmpsia
Tratamento
Complicações
- A insuficiência placentária crônica (RCIU) é uma complicação materno-fetal da toxemia gravídica.
- Principal complicação da pré-eclâmpsia: DPP.
- Doença Óssea Metabólica e Metabolismo Ósseo
- Osteomalácia, Raquitismo, Doença Óssea de Paget (Osteíte Deformante), Osteoporose, Hiperparatireoidismo
- Para se diferenciar o Ý fosfatase alcalina entre origem hepática e óssea, usa-se a 5-nucleotidase (Ý na lesão hepática).
- Osteomalácia
- Mulher, 40 anos, há 4 meses com prurido generalizado. Exame físico: s.p. Fosfatase alcalina: Ý , TAP: Ý e anticorpos anti-mitocôndrias (+). A complicação que pode ocorrer é: osteomalácia (Dx: cirrose biliar primária).
- Cecil: Condições que podem ser associadas a osteomalácia e a ß 25-OH-vitamina D: (1) mulher, 88 anos, que não consome laticínios e há 8 anos não se expõe a luz do sol; (2) paciente com doença celíaca do adulto; (3) paciente com distúrbio convulsivo há 20 anos e que está utilizando fenitoína por todo este período; (4) paciente com cirrose em estágio terminal com ingesta deficiente há 8 meses associado a anorexia nervosa (Todas as condições estão associadas a ß vitamina D, como ocorre nos pacientes não expostos à luz do sol, ingesta inadequada de vitamina D, malabsorção, doença celíaca ou gastrectomia. Além disso, pode ocorrer metabolismo anormal de vitamina D na hepatopatia grave, que também costuma estar associada a deficiência nutricional. Também pode ocorrer osteomalácia fármaco induzida, na qual os níveis de 25-OH-vitamina D estão ß devido ao metabolismo Ý secundário à administração de fenitoína ou fenobarbital. Entretanto, os pacientes com raquitismo dependente de vitamina D costumam ter níveis normais de 25-OH-vitamina D e níveis agudamente Ý de 1,25-diidroxi-vitamina D, mas têm resposta ß do órgão-alvo a 1,25-diidroxi-vitamina D).
- Cecil: Homem, 56 anos, em hemodiálise há 3 anos, com dor óssea há 4 meses. Passou o último mês acamado. Rx: fraturas patológicas nos MMII. Está usando há 3 anos hidróxido de alumínio como quelante de PO4. Tratamento: interromper o hidróxido de alumínio, restringir PO4 na dieta e oferecer desferoxamina até que o estado do paciente melhore (Os pacientes com intoxicação por Al, com dor óssea grave e fraturas patológicas, devem interromper a ingesta de hidróxido de alumínio, um quelante de PO4, por que a intoxicação por Al pode causar osteomalácia. Isto decorre da deposição de Al na interface entre o tecido osteótico e a frente de calcificação, onde é tóxico para o osteoblasto. Estes pacientes podem ser tratados com desferoxamina para ajudar a ß intoxicação por Al, sobretudo quando têm dor grave e fraturas patológicas).
- Raquitismo
- Pré-escolar com baixa estatura, arqueamento de MMII, alargamento e franjeamento metafisário, Ca: N; PO4: discretamente ß ; fosfatase alcalina: Ý ; PTH: N; vitamina D: N; fosfato urinário: Ý . Dx: raquitismo hipofosfatêmico familiar.
- Entre um desnutrido de 3o grau e um RNPT, a possibilidade de raquitismo é maior no 1º, uma vez que as taxas de crescimento são diferentes.
- TEP: Características do raquitismo: craniotabes precoce; sudorese; irritabilidade; hipotonia muscular; dor à compressão óssea.
- TEP: A vitamina cuja deficiência se manifesta quando a criança desnutrida entra em franca fase de recuperação nutricional é a: hipovitaminose D (O raquitismo devido a carência de vitamina D, nos períodos de rápido crescimento como na adolescência, lactentes de baixo peso ao nascer e desnutridos quando entram na fase de recuperação nutricional. Um dos eventos importantes desta fase é justamente a retomada do crescimento quando se poderá notar a clínica de raquitismo caso ele não seja prevenido com a exposição ao sol e ingestão medicamentosa de vitamina D).
- Provão: Menina, 1 ano e 2 meses com "problemas nos ossos do peito". Exame: alargamento das junções condro-costais, das epífises dos pulsos e craniotabes. A mãe referia que a criança não andava e ficava grande parte do dia em seu berço, no interior da casa. Laboratório: Ca ß ; P ß . Os outros exames laboratoriais: fosfatase alcalina Ý ; PTH Ý . Tratamento: vitamina D.
- Doença Óssea de Paget
- Indivíduo com 57 anos, dores ósseas generalizadas, Ý PC, tíbias arqueadas, HAS e osteoporose circunscrita ao crânio. Dx: doença de Paget (osteíte deformante).
- Doença de Paget: fosfatase alcalina: Ý ; os ossos da pelve são os mais freqüentemente afetados; a ICC de alto débito constitui uma complicação associada a doença difusa.
- Doença de Paget ocorre Ý hidroxiprolina urinária (o Ca está normal).
- Na doença de Paget a fosfatase alcalina Ý mais que em metástases ósseas.
- Cecil; Homem, 67 anos, com dor em quadril. Rx quadril: osteosclerose e osteólise segmentar envolvendo a porção proximal do fêmur, incluindo quadril e crista ilíaca. Nenhuma fratura visualizada. Complicações possíveis: surdez; vertigem; compressão raquimedular ou radicular; ICC; sarcoma (Dx: doença de Paget. Os pacientes com essa doença podem ter dor óssea e fraturas. Eles também podem ter complicações neurológicas incluindo surdez, zumbido, vertigem, compressão raquimedular e radicular, assim como ICC de alto débito e sarcomas. O tratamento consiste em calcitonina ou em difosfonados).
- Osteoporose
- UERJ – Sabe-se que a idade está associada com a progressiva rarefação do esqueleto ósseo em ambos os sexos. Na mulher, este fenômeno tem a seguinte causa: Ý reabsorção óssea.
- Cecil: Condições que podem levar à osteoporose: anorexia nervosa, hipertireoidismo, cirrose biliar primária e homocistinúria (A anorexia nervosa faz osteoporose através do hipogonadismo com ß hormônios sexuais. Hipertireoidismo pode causar Ý reabsorção óssea. Cirrose biliar primária pode levar a osteoporose de baixa renovação, e muitos distúrbios do tecido conjuntivo podem comprometer a massa óssea adulta máxima. A acromegalia não causa osteoporose).
- A população de ß renda com pouca ingesta de produtos lácteos na infância e adolescência é de risco para: osteoporose.
- Osteoporose é mais freqüente em mulheres brancas e asiáticas (é infreqüente em negros), magras, baixas, sedentárias e menopausadas.
- Osteoporose ocorre em mais de 25% da população feminina Ý 65 anos.
- A ß na estatura na osteoporose pode ser causada por fraturas de vértebras.
- Mulher, 65 anos, previamente hígida, ao retirar roupa do interior da maquina de lavar, sentiu dor intensa na região lombar. Exame: somente dor a compressão de L1. Dx: osteoporose. Conduta: TC e densitometria óssea. Tratamento: repouso e analgesia.
- Osteoporose: a calcitonina pode ter propriedades analgésicas ajudando no alívio da dor na osteoporose.
- FESP: Mulher, 60 anos, com fratura de punho, perguntou ao seu médico como ele Dx a osteoporose pós-menopausa ou senil. Ele respondeu que teria que excluir várias causas e documentar a: fraturas por traumas pouco intensos (osteopenia não é).
- Hiperparatireoidismo
- O hiperparatireoidismo faz reabsorção óssea em cortical de falanges e bacia.
- A lesão mais comum no hiperparatireoidismo primário é a deformidade óssea.
- Hiperparatireoidismo primário: Ca sérico: Ý ; P: ß .
- Paciente com HAS, fraqueza muscular proximal e episódios recidivantes de pancreatite aguda. Laboratório: Ca: Ý , P: ß . Dx: hiperparatireoidismo primário.
- VG: 24 (N: 35-45); T4: 7,0; Creatinina: 7,3 (N: 0,6-1,2); TSH: 3,2; PTH: 900; Ca: 14. Dx: hiperparatireoidismo
- Doença Óssea Metabólica
- Osteoporose: PTH: normal, Vitamina D: normal, Ca: normal, P: normal, fosfatase alcalina: normal.
- Doença de Paget: PTH: normal, Vitamina D: normal, Ca: normal, P: normal, fosfatase alcalina: Ý , hidroxiprolina urinária: Ý .
- Osteomalácia: PTH e Vitamina D: dependem da causa básica, Ca: normal ou ß , P: ß , fosfatase alcalina: Ý .
- Raquitismo: PTH: Ý , Vitamina D: ß , Ca: normal ou ß , P: ß , fosfatase alcalina: Ý .
Endometriose
Endometriose
Manifestações Clínicas
Tratamento
Incontinência Urinária
Fisiologia da Micção, Instabilidade do Detrussor, Incontinência Urinária de Estresse, Incontinência por Fístulas, EnureseFisiologia da Micção
Instabilidade do Detrussor
Incontinência Urinária de Estresse
Incontinência Urinária por Fístulas
Enurese
Incontinência Urinária