Ações terapêuticas.

Diurético retentor de potássio, anti-hipertensivo, antihipopotassêmico.

Propriedades.

O triantereno atua no túbulo distal do rim por bloqueio do intercâmbio de sódio por potássio, que dá lugar a um aumento na secreção de água e sódio e à retenção de potássio. Absorve-se de forma rápida, embora incompleta, no trato gastrintestinal (30 a 70%). Sua união às proteínas é moderada (40 a 70%). Metaboliza-se no fígado. Sua meia-vida normal é de 90 a 120 minutos. Elimina-se principalmente por via biliar e, de forma secundária, por via renal. A hidroclorotiazida aumenta a excreção urinária de sódio e água por inibição da reabsorção de sódio. Elimina-se de forma quase total por via renal. Sua meia-vida é de 15 horas.

Indicações.

Como coadjuvante no tratamento dos estados edematosos (insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática e síndrome nefrótica). Edema induzido por corticóides e estrogênios e edema idiopático. Hipertensão (quando se deseja um efeito diurético com retenção de potássio).

Posologia.

A associação de hidroclorotiazina 25mg e triantereno 50mg administra-se à razão de 1 a 2 doses, 2 vezes ao dia, sem ultrapassar as 4 doses diárias.

Reações adversas.

Podem aparecer sinais de hiperpotassemia: secura na boca, arritmias, cãibras ou dores musculares, cansaço ou debilidade não-habituais e pulso fraco. São de incidência rara: artralgia, erupção cutânea, hemorragias ou hematomas não-habituais, náuseas, vômitos, perda de apetite, constipação e cefaléias.

Precauções.

A medicação de referência não cura, porém controla a hipertensão. É importante tomar a medicação mesmo sentindo-se bem. É necessário controlar o potássio da dieta porque pode haver possibilidade de hiperpotassemia ou hipopotassemia. Podem aumentar-se os valores de glicemia nos diabéticos. Não se deve alterar a marca registrada comercial da associação sem consultar o médico. Podem ocorrer sinais de desequilíbrio eletrolítico. Se ocorrerem anúria ou sinais de disfunção progressiva hepática ou renal, deve-se suspender o tratamento. A relação risco-benefício deve ser avaliada durante a gravidez, já que ambos os medicamentos atravessam a placenta. Os indivíduos de idade avançada podem ser mais sensíveis aos efeitos hipotensores e sobre os eletrólitos destes medicamentos.

Interações.

Os seguintes fármacos interferem no efeito terapêutico: corticóides, ACTH, insulina, laxantes, lítio, alopurinol, probenecida, bicarbonato de sódio, simpaticomiméticos, hipoglicemiantes orais, anfotericina-B parenteral, inibidores da anidrase carbônica, estrogênios, enalapril e dopamina.

Contra-indicações.

Hiperpotassemia. A relação risco-benefício deverá ser avaliada na presença de anúria ou disfunção renal grave, hiperuricemia, lúpus eritematoso, pancreatite, diabetes mellitus, disfunção hepática, gota e nefropatia diabética.