Drágeas
Terapêutica estrogênica
Drágeas.
Uso adulto.
Apresentações.
PREMARIN (estrogênios conjudos naturais) 0,3mg - cartucho com 28 drágeas. PREMARIN (estrogênios conjugados naturais, ( 0,625mg - cartucho com 21 e 28 drágeas. PRAMARIN (estrogênios conjugados naturais) 1,25mg - cartucho com 28 drágeas.
Composição.
PREMARIN (estrogênios conjugados naturais) 0,3mg - cada drágea contém: 0,3mg estrogênios conjugados naturais, USP (exclusivamente naturais) e excipientes incluindo tinta comestível branca e corante Opalux verde. PREMARIN (estrogênios conjugados naturais) 0,625mg - cada drágea contém 0,625mg de estrogênios conjugados naturais, USP (exclusivamente naturais) e excipientes incluindo tinta comestível branca e corante Opalux marrom. PREMARIN (estrogênios conjugados naturais) 1,25mg - cada drágea contém 1,25mg de estrogênios conjugados naturais, USP (exclusivamente naturais) e excipientes incluindo tinta comestível preta, corante amarelo FD&C n 6 e corante amarelo quinolina. Excipientes: metilcelulose, lactose, estearato de magnésio, goma laca, polietilenoglicol, monooleato de glicerila, sulfato de cálcio, açúcar, celulose microcristalina, dióxido de titânio, cera de carnaúba, ácido esteárico, espírito metilado industrial, fração leve de petróleo desodorizado, álcool denaturado, cloreto de metileno e água purificada.
Informações à paciente.
Os estrogênios são hormônios femininos produzidos pelos ovários. A falta destes hormônios em decorrência da menopausa, ou outras disfunções, acarreta uma série de alterações no organismo feminino. A ação esperada de PREMARIN (estrogênios conjugados naturais) Drágeas é reposição de hormônios estrogênicos. Conserve o medicamento em temperatura ambiente (25C). O prazo de validade é de 36 meses contados a partir da data de fabricação indicada na embalagem externa. Nunca use medicamento com prazo de validade vencido. PREMARIN (estrogênios conjugados naturais) Drágeas não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou com suspeita de gravidez, ou ainda por mulheres que estejam amamentando. Informe a seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após seu término. Informar ao médico se estiver amamentando. Siga a orientação de seu médico, respeitando os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico. Informe a seu médico o aparecimento de quaisquer reações desagradáveis que venham porventura a ocorrer durante o uso de PREMARIN (estrogênios conjugados naturais)drágeas. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças. Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento. PREMARIN (estrogênios conjugados naturais) Drágeas não deve ser utilizado por mulheres que apresentam suspeita ou confirmação diagnóstica de tumores ginecológicos (útero e mama); gravidez; sangramento ginecológico anormal; história atual ou anterior de trombose de veias ou artérias (trombose venosa profunda, embolia pulmonar); história de alergia a qualquer dos componentes do medicamento. Antes do início ou da reinicialização da Terapia de Reposição com Estrogênios isoladamente (TRE) ou terapia de reposição hormonal (Estrogênio e Progestogênio - TRH), deve-se procurar um médico para uma avaliação clínica completa. Periodicamente, pacientes tratadas com TRE/TRH devem ser cuidadosamente avaliadas quanto aos riscos e benefícios. PREMARIN (estrogênios conjugados naturais) não é contraceptivo. Se houver necessidade de uso de método contraceptivo, solicitar orientação médica para essa finalidade.Durante o uso de PREMARIN (estrogênios conjugados naturais) pode ocorrer sangramento semelhante à menstruação, que normalmente é leve ou moderado mas que pode ser intenso, o que não significa retorno da fertilidade. Estes sangramentos tendem a diminuir ou desaparecer com a continuação do tratamento. Não tome remédio sem o conhecimento de seu médico. Pode ser perigoso para a saúde.
Informações técnicas.
Descrição: PREMARIN (estrogênios conjugados naturais) Drágeas é uma mistura de estrogênios naturais obtidos de fontes exclusivamente naturais (urina de éguas prenhes). Contém sais sódicos dos ésteres sulfatados hidrossolúveis de estrona, equilina e 17-alfa-diidroequilina, bem como quantidades menores de 17-alfa-estradiol, equilenina, 17-alfa-diidroequilenina, 17-beta-estradiol, delta-8,9-diidroestrona, 17-beta-diidroequilina e 17-beta-diidroequilenina.
Farmacologia.
Os estrogênios são importantes no desenvolvimento e manutenção do sistema reprodutor feminino e dos caracteres sexuais secundários. Promovem o crescimento e desenvolvimento da vagina, útero, trompas de Falópio e aumento das mamas. Indiretamente, contribuem na conformação da estrutura óssea, manutenção do tônus e da elasticidade das estruturas urogenitais, alterações nas epífises dos ossos longos, que condicionam o pico de crescimento da puberdade até seu término, o crescimento de pêlos axilares e pubianos, e a pigmentação dos mamilos e genitais. A diminuição da atividade estrogênica no fim do ciclo menstrual pode ocasionar a menstruação, embora a interrupção da secreção de progesterona seja o fator mais importante no ciclo com ovulação. Entretanto, no ciclo pré-ovulatório ou anovulatório, o estrogênio é o determinante primário no início da menstruação. Os estrogênios também afetam a liberação de gonadotropinas hipofisárias. Os efeitos farmacológicos dos estrogênios conjugados naturais são similares àqueles dos estrogênios endógenos.Eles são hidrossolúveis e bem absorvidos pelo trato gastrintestinal. Nos tecidos-alvo (órgãos genitais femininos, mamas, hipotálamo, hipófise), os estrogênios penetram na célula e são transportados para dentro do núcleo. Como resultado da ação estrogênica, ocorre a síntese de RNA e proteínas específicas. O metabolismo e a inativação ocorrem principalmente no fígado. Alguns estrogênios são excretados através da bile, entretanto, são reabsorvidos no intestino, retornando ao fígado através do sistema venoso porta. Estrogênios conjugados hidrossolúveis encontram-se em sua maioria ionizados nos líquidos corporais, o que favorece a eliminação através dos rins, uma vez que a reabsorção tubular é mínima.
Farmacodinâmica.
Farmacodinâmica e eficácia clínica: dois subgrupos do estudo WHI (Womens Health Initiative) incluíram um total de 27.000 mulheres saudáveis na pós-menopausa para avaliar os riscos e os benefícios da TRE ou da TRH prolongada (estrogênios conjugados naturais isoladamente | 0,625mg por dia| ou estrogênios conjugados naturais associados ao acetato de medroxiprogesterona | 0,625mg/2,5mg por dia|) em comparação ao placebo na prevenção de certas doenças crônicas. O objetivo primário foi a incidência de doença cardíaca coronariana (DCC) (infarto do miocárdio não-fatal e óbito por DCC), sendo o câncer de mama invasivo o evento adverso primário estudado. Um índice global incluiu a ocorrência de um dos 2 eventos primários associados a acidente vascular cerebral (AVC), embolia pulmonar (EP), câncer endometrial, câncer colorretal, fratura de quadril e óbito por outras causas. O estudo não avaliou os efeitos da TRH sobre os sintomas da menopausa.O subgrupo do estudo que fazia uso de TRH foi interrompido precocemente porque, de acordo com regras pré-definidas, o aumento do risco de câncer de mama e eventos cardiovasculares excederam os benefícios a longo prazo especificados no índice global.
Indicações.
PREMARIN (estrogênios conjugados naturais) Drágeas é indicado para: 1) tratamento de sintomas vasomotores moderados a intensos, associados com a menopausa. 2) Tratamento da atrofia vaginal e vulvar. No caso de prescrição apenas para o tratamento dos sintomas de atrofia vulvar e vaginal, deve-se considerar o uso de produtos vaginais tópicos. 3) Prevenção da osteoporose. No caso de prescrição apenas para a prevenção da osteoporose na pós-menopausa, a terapia deve ser considerada apenas para mulheres com risco significante de osteoporose e para aquelas que o uso de medicamentos não-estrogênicos não é considerado apropriado. 4) Controle da osteoporose. No caso de prescrição apenas para o controle da osteoporose na pós-menopausa deve-se considerar o tratamento apenas para mulheres com risco significante de osteoporose e para aquelas que o uso de medicamentos não-estrogênicos não é considerado apropriado. 5) Tratamento de hipoestrogenismo devido a hipogonadismo, remoção cirúrgica dos ovários ou insuficiência ovariana primária. O tratamento com estrogênios conjugados naturais isolados está indicado para mulheres histerectomizadas.O tratamento com a associação estrogênios conjugados naturais e acetato de medroxiprogesterona é indicado para mulheres com útero para reduzir o risco de hiperplasia endometrial e câncer de endométrio associados à terapia de reposição estrogênica. A TRE/TRH não deve ser iniciada nem mantida para prevenir doença cardiovascular (ver também Advertências). Os riscos e os benefícios da TRE e TRH devem sempre ser cuidadosamente ponderados, inclusive levando-se em consideração o aparecimento de riscos com a continuidade do tratamento (ver Advertências). Estrogênios com ou sem progestagênios devem ser prescritos nas doses eficazes mais baixas e pela duração mais curta compatível com os objetivos do tratamento e os riscos para cada paciente. Na ausência de dados equivalentes, os riscos da TRH devem ser assumidos como semelhantes para todos os estrogênios e associações de estrogênio/progestagênio.
Contra-indicações.
1) Antecedente pessoal, diagnóstico ou suspeita de câncer de mama. 2) Neoplasia estrogênio-dependente diagnosticada ou suspeita (câncer endometrial, hiperplasia endometrial). 3) Gravidez confirmada ou suspeita. 4) Sangramento genital anormal de causa indeterminada. 5) História atual ou anterior de tromboembolismo venoso confirmado (trombose venosa profunda, embolia pulmonar). 6) Doença tromboembólica arterial atual ou recente (acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio). 7) Disfunção ou doença hepática, desde que os resultados dos testes da função hepática não tenham retornado ao normal. 8) PREMARIN (estrogênios conjugados naturais) Drágeas não deve ser utilizado em pacientes com hipersensibilidade à qualquer dos seus componentes.
Precauções.
Exames físicos: antes do início ou da reinicialização da TRE/TRH, deve-se avaliar cuidadosamente os antecedentes pessoal e familiar, além de realizar exames ginecológico e geral completos considerando-se as contra-indicações e advertências de uso. Deve-se excluir gravidez antes do início do tratamento. Devem ser realizados checkups periódicos e avaliação cuidadosa da relação risco-benefício em mulheres tratadas com TRE/TRH. Retenção de líquido: como estrogênios/progestagênios podem causar certo grau de retenção líquida, pacientes com condições que possam ser influenciadas por esse fator, como disfunção cardíaca ou renal, devem ser observadas cuidadosamente quando receberem estrogênios. Hipertrigliceridemia: deve-se ter cuidado com pacientes com hipertrigliceridemia preexistente, uma vez que casos raros de aumentos excessivos de triglicerídeos plasmáticos evoluindo para pancreatite foram relatados com terapia estrogênica nessa população.Mulheres com hipertrigliceridemia preexistente devem ser acompanhadas rigorosamente durante a terapia de reposição hormonal ou estrogênica. Alteração da função hepática: em pacientes com alteração da função hepática, pode haver redução do metabolismo de estrogênios/progestagênios. Antecedentes de icterícia colestática: deve-se ter cuidado com pacientes com antecedentes de icterícia colestática associada a uso anterior de estrogênios ou a gravidez e, no caso de recorrência, o medicamento deve ser descontinuado. Associação de um progestogênio em mulheres não-histerectomizadas: estudos do acréscimo de um progestogênio por, no mínimo, 10 dias num ciclo de administração de estrogênios ou diariamente com estrogênio em esquema combinado contínuo relataram diminuição da incidência de hiperplasia endometrial em relação à terapia com estrogênio isolado. A hiperplasia endometrial pode ser um precursor do câncer endometrial.Em um subgrupo do estudo WHI (ver Farmacodinâmica e Eficácia clínica), não se observou aumento do risco de câncer endometrial após tratamento médio de 5,2 anos com a associação estrogênio/progestagênio em comparação ao placebo. No entanto, existem riscos que podem ser associados ao uso de progestagênios nos esquemas de reposição estrogênica em comparação aos esquemas com estrogênio isoladamente. Entre esses riscos estão (a) aumento do risco de câncer de mama (ver Advertências); (b) efeitos adversos sobre o metabolismo das lipoproteínas (p. ex., diminuição de HDL, aumento de LDL) e (c) intolerância à glicose. Elevação da pressão arterial: em um pequeno número de casos relatados, aumentos consideráveis da pressão arterial durante a TRE foram atribuídos a reações idiossincráticas aos estrogênios. Em um estudo clínico amplo, randomizado, controlado por placebo não se observou efeito da TRE sobre a pressão arterial. A pressão arterial deve ser monitorizada em intervalos regulares nas pacientes em uso de estrogênios.Exacerbação de outras condições: a terapia de reposição hormonal/estrogênica pode causar exacerbação da asma, epilepsia, enxaqueca, diabetes mellitus com ou sem envolvimento vascular, porfiria, lúpus eritematoso sistêmico, hemangiomas hepáticos e deve ser utilizada com cuidado em mulheres com essas condições. A endometriose pode ser exacerbada com a utilização da TRE/TRH. A adição de um progestagênio deve ser considerada em mulheres que se submeteram a histerectomia, mas que apresentam endometriose residual, uma vez que foram relatados alguns casos de transformação maligna após terapia estrogênica isolada. Hipocalcemia: os estrogênios devem ser utilizados com cuidado em indivíduos com hipocalcemia grave. Hipotireoidismo: pacientes em terapia de reposição de hormônio tireoidiano podem necessitar de doses maiores para manter os níveis de hormônios tireoidianos livres em um nível aceitável (ver Interações com exames laboratoriais).Monitorização laboratorial: a administração de estrogênios deve normalmente ser orientada pela resposta clínica à dose mais baixa, e não por monitorização laboratorial, para alívio dos sintomas nas indicações nas quais os sintomas são observados. Sangramento uterino: algumas pacientes podem desenvolver sangramento uterino anormal (ver Advertências, Câncer endometrial). Gravidez: os estrogênios não devem ser utilizados durante a gravidez (ver Contra-indicações). Lactação: os estrogênios não devem ser utilizados durante a lactação. Uso pediátrico: embora a terapia de reposição estrogênica venha sendo utilizada para a indução da puberdade em adolescentes com algumas formas de retardo da puberdade, a segurança e a eficácia em pacientes pediátricos ainda não foi estabelecida. O tratamento de meninas pré-puberes com estrogênio também induz ao desenvolvimento prematuro das mamas e a cornificação vaginal, além de poder induzir sangramento vaginal.Como foi demonstrado que doses elevadas e repetidas de estrogênios por período de tempo prolongado aceleram o fechamento epifisário, a terapia hormonal não deve ser iniciada antes do fechamento epifisário completo para não haver comprometimento do crescimento global.
Advertências.
A Terapia de Reposição Estrogênica (TRE) e a Terapia de Reposição Hormonal (TRH) vêm sendo associadas ao aumento do risco de alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares. O uso de estrogênios isolados em mulheres com útero intacto está associado ao aumento do risco de câncer endometrial. A TRE ou TRH não deve ser iniciada nem mantida para prevenção de doença cardiovascular. Os riscos e os benefícios da TRE e TRH devem sempre ser cuidadosamente ponderados, inclusive levando-se em consideração o aparecimento de riscos com a continuidade do tratamento. Estrogênios com ou sem progestagênios devem ser prescritos nas doses eficazes mais baixas e pela duração mais curta compatível com os objetivos do tratamento e os riscos para cada paciente. Na ausência de dados equivalentes, os riscos da TRH devem ser assumidos como semelhantes para todos os estrogênios e para a associação de estrogênio/progestagênio.Risco cardiovascular: a TRE e a TRH vêm sendo associadas a aumento do risco de eventos cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral, bem como de trombose venosa e embolia pulmonar (tromboembolismo venoso ou TEV).. A maioria dos estudos não demonstra aumento significativo do risco associado ao uso de estrogênios por menos de um ano. O maior risco parece estar associado ao uso prolongado, com risco 15 a 24 vezes maior para terapias de 5 a 10 anos ou mais, persistindo por, no mínimo, 8 a 15 anos após a descontinuação da TRE. Não há evidências de que o uso de estrogênios naturais resulte em perfil de risco endometrial diferente do observado com estrogênios sintéticos em doses equivalentes de estrogênio.Demonstrou-se que o acréscimo de um progestagênio à TRE reduz o risco de hiperplasia endometrial, que pode ser um precursor do câncer endometrial (ver Precauções). Em um subgrupo do estudo WHI, (ver Farmacodinâmica e Eficácia clínica) não se observou aumento do risco de câncer endometrial após tratamento médio de 5,2 anos com a associação estrogênio/progestagênio em comparação ao placebo. É importante que todas as mulheres que recebem estrogênio/progestagênio associados sejam acompanhadas clinicamente. Medidas diagnósticas adequadas, entre as quais coleta de amostra do endométrio quando indicada, devem ser adotadas para excluir a presença de doença maligna em todos os casos de sangramento vaginal anormal persistente ou recorrente não-diagnosticado. Câncer de mama: o uso de TRE e TRH vem sendo associado a aumento do risco de câncer de mama.Os estudos epidemiológicos e randomizados (não necessariamente incluindo PREMARIN (estrogênios conjugados naturais)) relataram um aumento do risco de câncer de mama em mulheres que tomam estrogênio ou estrogênio/progestagênio associados para TRH por vários anos. O risco aumentado cresce com a duração do uso e parece retornar ao valor basal em cerca de 5 anos após a interrupção do tratamento. Esses estudos também sugerem que o risco de câncer de mama é maior e torna-se evidente mais cedo com a terapia combinada de estrogênio/progestagênio do que com o uso isolado de estrogênio. Em um amplo estudo clínico randomizado (WHI), os casos de câncer de mama invasivo foram maiores e diagnosticados em um estadio mais avançado no grupo de tratamento com a associação estrogênio/progestagênio do que no grupo placebo. A doença metastática foi rara, sem diferenças aparentes entre os grupos. Outros fatores prognósticos, como subtipo histológico, grau e status de receptor hormonal, não foram diferentes entre os grupos.Outro estudo de coorte (Million Women Study) de mulheres que usaram várias terapias hormonais sugeriu, com importância limítrofe, um aumento do risco relativo da mortalidade devido ao câncer de mama nas usuárias atuais em comparação às não-usuárias. Os estudos que avaliaram diversas formulações de TRH não demonstraram variações significativas no risco relativo de câncer de mama entre as formulações, independentemente dos componentes estrogênio/progestagênio, doses, esquemas ou via de administração. De acordo com os dados dos estudos epidemiológicos, estima-se que aproximadamente 32 em cada 1.000 mulheres que nunca usaram TRH sejam diagnosticadas com câncer de mama entre os 50 e 65 anos de idade. Entre as 1.000 usuárias atuais ou recentes de preparações contendo apenas estrogênio, estima-se que 5 e 10 anos de uso desde os 50 anos de idade resultam, respectivamente, em 1,5 (intervalo de confiança |IC| de 95%, 0-3) e 5 (IC de 95%, 3-7), casos a mais de câncer de mama diagnosticados até os 65 anos.Os números correspondentes para as usuárias de estrogênio/progestagênio associados são 6 (IC de 95%, 5-7) e 19 (IC de 95%, 18-20), respectivamente. Relatou-se que o uso de estrogênio associado ao progestagênio aumenta o número de mamografias anormais que requerem avaliação adicional. Todas as mulheres devem realizar anualmente exames de mama com um profissional de saúde e, mensalmente, o auto-exame das mamas. Além disso, a realização de mamografias deve ser programada com base na idade da paciente, nos fatores de risco e nos resultados de mamografias anteriores. Câncer de ovário: em alguns estudos epidemiológicos, o uso de estrogênios isolados, em particular por 10 anos ou mais, tem sido associado com um risco aumentado de câncer de ovário. A análise dos dados do estudo Women's Health Inititive (WHI) sugerem que a terapia com estrogênio mais progestagênio pode aumentar o risco de câncer de ovário. Os estudos epidemiológicos também não apresentaram uma associação significante.Demência: em um estudo com mulheres de 65 anos ou mais (um subestudo controlado e randomizado do Estudo WHI, o Estudo de Memória do WHI; n = 4.532, 54% das pacientes acima de 70 anos de idade), relatou-se que as pacientes tratadas com estrogênios conjugados naturais (0,625 mg) associado ao acetato de medroxiprogesterona (2,5 mg) apresentaram aumento de duas vezes no risco de desenvolvimento de provável demência. Após seguimento médio de 4 anos, o risco absoluto de provável demência foi de 45 casos por 10.000 mulheres-ano no grupo estrogênios conjugados naturais associado ao acetato de medroxiprogesterona e de 22 casos por 10.000 mulheres-ano no grupo placebo. Não se sabe se esses achados se aplicam a mulheres mais jovens na pós-menopausa. O grupo do Estudo de Memória do WHI com estrogênio isoladamente ainda está em andamento. Não há dados disponíveis. Não se sabe se esses dados se aplicam à terapia com estrogênio isoladamente. Efeitos durante a gravidez: os estrogênios não devem ser utilizados durante a gravidez (ver Contra-indicações e Precauções).Doença da vesícula biliar: relatou-se aumento de 2 a 4 vezes do risco de doença da vesícula biliar com necessidade de cirurgia em mulheres tratadas com TRE/TRH. Anormalidades visuais: trombose vascular retiniana foi relatada em pacientes recebendo estrogênio. Se houver perda repentina da visão, parcial ou total, ou início repentino de proptose, diplopia ou enxaqueca, descontinuar o medicamento até que se realize uma avaliação. Se o exame revelar papiledema ou lesões vasculares retinianas, a medicação deve ser descontinuada.
Interações.
Os dados de um estudo de interações medicamentosas com estrogênios conjugados naturais e acetato de medroxiprogesterona indicam que a disposição farmacocinética de ambos os fármacos não é alterada quando são administrados concomitantemente. Não foram conduzidos outros estudos clínicos de interações medicamentosas com estrogênios conjugados naturais. Estudos in vitro e in vivo demonstraram que o 17 beta-estradiol, um dos componentes dos estrogênios conjugados naturais, é metabolizado parcialmente pelo citocromo P-450 3A4 (CYP3A4). Portanto, fortes indutores da CYP3A4, como fenobarbital, fenitoína, carbamazepina, rifampicina e dexametasona, podem diminuir as concentrações plasmáticas do 17 beta-estradiol. Essa redução pode causar diminuição do efeito e/ou das alterações do perfil de sangramento uterino. Inibidores da CYP3A4, como a cimetidina, a eritromicina e o cetoconazol, podem aumentar as concentrações plasmáticas do 17 beta-estradiol e podem resultar em efeitos colaterais.Foram relatadas ondas de calor e sangramento vaginal em pacientes em TRE/TRH tratadas concomitantemente com erva-de-são-joão. A erva-de-são-joão pode induzir as enzimas microssomais hepáticas que teoricamente podem diminuir a eficácia da TRE/TRH. Interações com exames laboratoriais: os estrogênios aumentam os níveis de globulina de ligação à tireóide (TBG), resultando em aumento do hormônio tireoidiano total circulante, determinado por iodo ligado a proteína (PBI), níveis de T 4 por coluna ou radioimunoensaio ou níveis de T 3 por radioimunoensaio. A captação de T 3 por resina diminui, refletindo os níveis elevados de TBG. Não há alteração nas concentrações de T 4 e T 3 livres. O nível sérico de outras proteínas de ligação também pode ser aumentado, ou seja, globulina de ligação a corticosteróides (CBG), globulina de ligação aos hormônios sexuais (SHBG), resultando no aumento dos corticosteróides e esteróides sexuais circulantes, respectivamente. As concentrações de hormônios biologicamente ativos ou livres não são alteradas.Pode haver aumento de outras proteínas plasmáticas (substrato angiotensinogênio/renina, alfa-1-antitripsina, ceruloplasmina). Pode haver diminuição da resposta à metirapona.
Reações adversas.
As reações adversas estão relacionadas na tabela em categorias de freqüência CIOMS:

Posologia.
A administração pode ser contínua (sem interrupção do tratamento) ou cíclica (três semanas com medicação e uma semana sem). Deve-se utilizar a menor dose que controle os sintomas. Uso concomitante de progestagênio: a adição de um progestagênio durante a administração estrogênica reduz o risco de hiperplasia endometrial e carcinoma endometrial, os quais têm sido associados ao uso prolongado de estrogênios isolados. Estudos morfológicos e bioquímicos do endométrio sugerem que 10 a 14 dias de uso de progestagênio são necessários para proporcionar a maturação máxima do endométrio, a fim de impedir quaisquer alterações hiperplásicas. As pacientes devem ser reavaliadas periodicamente para determinar a necessidade de continuação do tratamento. Recomenda-se, a critério médico, as seguintes doses: sintomas vasomotores: 0,625mg a 1,25mg por dia. Atrofia vulvar e vaginal: 0,3mg a 1,25mg (ou mesmo doses maiores) por dia, dependendo da resposta individual nos tecidos. Osteoporose: 0,625mg por dia. Remoção cirúrgica dos ovários e insuficiência ovariana primária: 1,25mg por dia.Ajustar a dose de acordo com a gravidade dos sintomas e resposta da paciente. Na manutenção, a dose deve ser ajustada para o menor nível que promova o controle efetivo da sintomatologia. Hipogonadismo feminino: 2,5mg a 7,5mg por dia, em doses divididas, por 20 dias, seguidos por um período de 10 dias sem medicação. Se não ocorrer sangramento menstrual até o final deste período, deve-se repetir o mesmo esquema de tratamento. O número de ciclos de tratamento estrogênico necessário para produzir sangramento pode variar dependendo da resposta do endométrio. Se ocorrer sangramento antes do final do período de 10 dias, deve-se iniciar um regime cíclico estrogênio-progestagênio com 2,5mg a 7,5mg por dia de PREMARIN (estrogênios conjugados naturais) Drágeas, em doses divididas por 20 dias. Durante os últimos cinco dias de medicação estrogênica, administrar um progestagênio oral. Se ocorrer sangramento antes do final do período de 20 dias, o tratamento deverá ser interrompido e reiniciado no 5dia de sangramento.
Superdosagem.
Não foram relatados eventos adversos sérios após a ingestão aguda de doses elevadas de produtos contendo estrogênios/progestagênios por crianças pequenas. A superdosagem pode causar náuseas e vômitos e sangramento por supressão pode ocorrer em mulheres. Não há antídoto específico e se houver necessidade de tratamento adicional, deve ser sintomático.
Pacientes idosos.
Dos número total de pacientes do braço do estudo Women's Health Initiative (WHI) que utilizou estrogênios conjugados naturais em associação ao acetato de medroxiprogesterona, 44% (n=7.320) tinham 65 anos ou mais e 6,6% (n = 1.095), 75 anos ou mais (ver Farmacodinâmica e Eficácia clínica). Não foram observadas diferenças significativas nos riscos relativos entre as pacientes de 65 anos ou mais em comparação às pacientes mais novas. O risco relativo de AVC e câncer de mama invasivo foi maior em mulheres de 75 anos ou mais em comparação a pacientes mais novas.