Ações terapêuticas.
Tuberculostático.
Propriedades.
É um quimioterápico derivado da pirazina, com efeito bactericida sobre o Mycobacterium tuberculosis, empregado como medicamento alternativo ou de segunda escolha para acompanhar em casos de resistência ou intolerância à isoniazida, rifampicina, etambutol, estreptomicina. Sua característica clínica mais destacada é sua ação em meio ácido (lesões caseosas cavitárias) e intracelular em macrófagos, contra bactérias em crescimento lento; por isso integra o grupo (isoniazida + rifampicina + estreptomicina + pirazinamida) de antibióticos empregados atualmente para esquemas de tratamento abreviado durante os primeiros dois meses. Seu mecanismo de ação ainda não foi esclarecido, mas se comprovou que reduz a captação de oxigênio pelo bacilo tuberculoso que dessa forma é afetado pelas defesas biológicas do paciente.É administrada por via oral e é bem absorvida no trato digestivo. Sua difusão para o sangue e tecidos é lenta, sua meia-vida é de 12 horas e sua ligação com as proteínas plasmáticas é de 40%; transforma-se no organismo em ácido pirazinóico, que junto com o fármaco livre é excretado pela urina. É um fármaco potencialmente hepatotóxico e esse fenômeno é dose-dependente, pois quando é empregado em dose de 1,5g/dia a incidência desse efeito é muito baixa.
Posologia.
Em adultos: 25-30mg/kg/dia. Em crianças: 25mg/kg/dia.
Reações adversas.
Foram indicados náuseas, vômitos, anorexia, artralgias, prurido, febre, reações cutâneas, diarréia. Em nível humoral, hiperuricemia pela diminuição da excreção renal do ácido úrico, que pode desencadear uma crise gotosa. Associado a outros fármacos ou como monoterapia, foram publicados casos de icterícia hepatocelular ou hepatite fulminante relacionadas com o emprego de doses elevadas (3g/dia). Em nível do SNC podem ser observados tonturas, cefaléias, insônia, excitabilidade, nervosismo, tremor.
Precauções.
Não é aconselhável seu emprego como monoterapia, e não se deve superar a dose máxima diária (1,5g/dia). A hiperuricemia gera artralgias que cedem com ácido acetilsalicílico (2-3g/dia), mas caso o paciente já seja gotoso, deve-se empregar alopurinol para evitar um ataque agudo de gota.
Interações.
Retarda a acetilação hepática da isoniazida e incrementa sua meia-vida de eliminação e o risco de hepatite medicamentosa.
Contra-indicações.
Hepatite ativa, insuficiência hepática, gota.
Com infusão IV: febre, calafrios, arritmias, cãibras ou dores musculares, cansaço ou debilidade não-habitual, visão turva ou dupla, aumento ou diminuição da micção, formigamento, dor ou debilidade nas mãos ou nos pés, crises convulsivas, dispnéia e erupção cutânea (por hipersensibilidade). Com injeção intratecal: micção dificultosa e visão turva.
Precauções.
Todo tratamento interrompido por mais de 7 dias deve ser repetido com a dose mais baixa e aumentado gradualmente. Uma dose total superior a 4 gramas pode produzir disfunção renal permanente. A extravasão do fármaco pode produzir grave irritação local. Os efeitos depressores da medula óssea, causados pela anfotericina-B sistêmica, podem aumentar a incidência de infecções microbianas ou causar atraso na cicatrização e hemorragia gengival.
Interações.
Os corticóides, os inibidores de anidrose carbônica, ou a ACTH junto com anfotericina-B podem produzir hipopotassemia grave. Os glicosídeos digitais ou bloqueadores neuromusculares não-despolarizantes podem aumentar o potencial de toxicidade por digital. Os diuréticos que produzem depleção de potássio ou os medicamentos nefrotóxicos podem aumentar o potencial de nefrotoxicidade.
Contra-indicações.
A relação risco-benefício deve ser avaliada na presença de disfunção renal.