LOMIR e LOMIR SRO - Apresentações:
Embalagem com 28 comprimidos.
Embalagem com 14 cápsulas SRO.

USO ADULTO

LOMIR e LOMIR SRO - Composição
Cada comprimido contém 2,5 mg de isradipina.
Cada cápsula  SRO contém 5 mg de isradipina.

LOMIR e LOMIR SRO - Propriedades
LOMIR é uma diidropiridina com potente ação antagonista do cálcio, com maior afinidade pelos canais de cálcio da musculatura lisa arterial do que sobre os do miocárdio. Assim, produz dilatação dos leitos vasculares arteriais, particularmente os do coração, cérebro e músculo esquelético, sem deprimir a função cardíaca.
Como resultado da vasodilatação periférica, a pressão arterial diminui.
A experiência em animais indica que LOMIR exerce ação inibidora seletiva sobre o nódulo sinusal, mas não prejudica a condução átrio- ventricular ou a função de contratilidade miocárdica. Portanto, a taquicardia reflexa é moderada e não ocorre prolongamente do intervalo PR, mesmo após o tratamento prévio com betabloqueador. Administrado em doses anti-hipertensivas, LOMIR demonstrou possuir também atividade natriurética moderada, porém significante, e exercer efeito anti-aterogênico.
Em pacientes hipertensos, consegue-se redução dose-dependente da pressão arterial em posição supina, sentada ou em pé, 2 a 3 horas após a tomada da dose oral única. Na prática terapêutica, a longa duração de ação de LOMIR assegura 24 horas de controle da pressão arterial, com administração dos comprimidos duas vezes ao dia e a administração de cápsulas SRO uma vez ao dia; observa-se diminuição significativa da pressão arterial após uma semana de tratamento, mas podem ser necessárias 3 a 4 semanas para se desenvolver efeito máximo. O aumento da freqüência cardíaca de repouso é mínimo (menos que 5 batimentos/minuto) e não é dose dependente. Não foram observadas alterações na freqüência cardíaca com as cápsulas SRO.
LOMIR tem sido administrado a pacientes com hipertensão ou angina pectoris estável em doses de até 20         e 22,5 mg/dia respectivamente, sendo bem tolerado.
Doses orais únicas de LOMIR atenuaram a resposta broncospástica de pacientes asmáticos ao esforço. Não apresentando efeito clínico relevante sobre a homeostase da glicose, LOMIR pode ser dado a pacientes diabéticos.
Não foram relatados casos de hipotensão ortostática.
Não ocorreu diminuição do efeito anti- hipertensivo de LOMIR em estudos com até 2 anos de duração.

LOMIR e LOMIR SRO - Farmacocinética
Após a absorção de 90 a 95% a partir do trato gastrintestinal, LOMIR passa por extenso metabolismo de primeira-passagem que resulta em biodisponibilidade de cerca de 16 a 18%. Após doses orais únicas de 2,5 mg a 20 mg, o fármaco é detectável no plasma ao término de 20 minutos e as concentrações plasmáticas máximas são alcançadas em aproximadamente 2 horas. Cerca de 50% do LOMIR contido nas cápsulas SRO é absorvido em 10 horas e a concentração plasmáticas máxima é atingida aproximadamente 5 a 7 horas após a ingestão.
A ingestão com alimentos retarda em cerca de uma hora o tempo de concentração sangüínea máxima, sem afetar a biodisponibilidade.
LOMIR se une às proteínas plasmáticas em cerca de 95% e seu volume aparente de distribuição é de 283 l. Após  a ingestão de doses orais de até 20 mg, tanto a concentração plasmática máxima como a área sob a curva apresentam relação linear com a dose. A ingestão da cápsula SRO com uma refeição, leva a concentrações plasmáticas máximas levemente superiores e aumenta a biodisponibilidade de LOMIR em cerca de 20%.  
A depuração total de LOMIR é de 43 l/h. Sua eliminação é bifásica, com meia- vida terminal de 8,4 horas. O metabolismo é completo, não sendo detectável o fármaco inalterado na urina. Cerca de 60 a 65% da dose ministrada é excretada na urina e 25 a 35%, nas fezes.
Os estudos não mostraram correlação clara entre a função renal e a farmacocinética; foram observados tanto um aumento como uma diminuição da biodisponibilidade em pacientes com função renal diminuida. Tem-se relatado biodisponibilidade mais alta em pacientes idosos e em pacintes com deterioração da função hepática (até 27%).
Para interações farmacocinéticas, consulte a seção "lnterações".

LOMIR e LOMIR SRO - Indicações
Hipertensão arterial leve e moderada.

LOMIR e LOMIR SRO - Contra-indicações
Não são conhecidas, até o momento, contra- indicações ao uso do poduto.

LOMIR e LOMIR SRO - Precauções
Recomenda-se individualizar as doses de LOMIR em pacientes com disfunção renal ou hepática, com insuficiência cardíaca crônica, assim como nos idosos.
Deve- se ter cautela em presença, ou em casos de forte suspeita de doenças do nódulo sinusal em pacientes que não estejam controlados com marcapasso. Recomenda-se cuidado ao tratar pacientes com pressão sangüínea sistólica baixa.
Aconselha-se extrema cautela ao se administrar diidropiridinas a pacientes com estenose aórtica.
LOMIR deve ser interrompido se ocorrer hipersensibilidade ao fármaco.
Os dados em animais não proporcionam evidência de que LOMIR tenha qualquer potencial embriotóxico ou teratogênico. Porém, a experiência existente como fármaco em mulheres grávidas é insuficiente para justificar seu uso durante a gravidez, a menos que o benefício esperado para a mãe seja superior ao risco potencial para o filho. Observações pré- natais em animais sugerem que altas doses de LOMIR podem provocar parto prolongado.
Dados em animais não indicam que LOMIR passe para o leite materno em quantidades que poderiam ser clinicamente significativas. Porém, no presente estado de conhecimento, a amamentação não deve ser realizada por mães tratadas com LOMIR.
Não foram estabelecidas a eficácia e a segurança de LOMIR em crianças.
LOMIR deve ser mantido fora do alcance das crianças.

LOMIR e LOMIR SRO - Interações
A ingestão com alimentos não afeta a biodisponibilidade de LOMIR, mas pode retardar o início da absorção e o tempo de máxima concentração plasmática de cerca de uma hora. A ingestão da cápsula SRO com uma refeição, leva a concentrações plasmáticas máximas levemente superiores e aumenta a biodisponibilidade de LOMIR em cerca de 20%.
A farmacocinética de LOMIR não é modificada pela administração simultânea da digoxina, propranolol ou hidroclorotiazida, nem tampouco influe o LOMIR nas cinéticas da digoxina ou warfarina ou da hidroclorotiazida; porém, aumenta a biodisponibilidade do propranolol. LOMIR se une às proteínas de maneira inespecífica; no entanto, recomenda- se cuidado no caso de uso simutâneo de anticoagulantes e anticoagulantes.
A administração simultânea da cimetidina, um inibidor do sistema enzimático do citocromo P-450, resulta em aumento de cerca de 50% na biodisponibilidade de LOMIR (veja seção "Posologia e Administração"), enquanto que a administração simultânea da rifampicina, reconhecidamente uma poderosa indutora do sistema enzimático do citocromo P-450, reduz muito as concentrações plasmáticas de LOMIR. Deve-se evitar a administração concomitante de LOMIR com a rifampicina ou com outros medicamentos indutores enzimáticos (por exemplo, o fenobarbital).

LOMIR e LOMIR SRO - Efeitos colaterais
Como regra geral, os efeitos colaterais são leves. Observou-se que a incidência global de efeitos adversos não é significativamente diferente da do placebo, quando usado na forma de comprimidos ou cápsulas SRO, em doses de até 5 mg ao dia.
Os efeitos secundários mais freqüentes são geralmente dose- dependentes e relacionados com as propriedades vasodilatadoras de LOMIR: tontura, cefaléia, rubor, taquicardia, palpitações e edema periférico localizado de origem não cardíaca. Esses efeitos tendem a diminuir com a continuação do tratamento. A hipotensão é infreqüente e não tem havido nenhum relato de hipotensão ortostática.
Tolerabilidade ainda melhor poderá ser obtida com as cápsulas SRO. A incidência de tontura, cefaléia, rubor, taquicardia e edema periférico é inferior a dos comprimidos. Não foi relatada hipotensão.
Os efeitos secundários inespecíficos, que são raros, são: fadiga, moléstias abdominais e erupção cutânea.
Observou- se elevação das transaminases séricas em poucos casos isolados; essas alterações foram reversíveis durante o tratamento ou após sua interrupção.

LOMIR e LOMIR SRO - Posologia e administração
A posologia recomendada na hipertensão arterial leve e moderada é de 2,5 mg (1 comprimido) duas vezes ao dia, ou 1 cápsula SRO de 5 mg uma vez ao dia.
Nos pacientes idosos, ou em casos de transtorno da função hepática ou renal, é mais adequada uma dose inicial de 1,25 mg (meio comprimido) duas vezes ao dia.
Caso 1 comprimido de 2,5 mg, duas vezes ao dia, não seja suficientemente eficaz ao final de 4 semanas de       tratamento, recomenda- se a administração simultânea de outro anti-hipertensivo ou aumento da dose de        LOMIR comprimidos para 5 mg, duas vezes ao dia.
Caso uma cápsula SRO de 5 mg, uma vez ao dia, não seja suficientemente eficaz após pelo menos 4 semanas de tratamento, recomenda-se acrescentar outro agente anti-hipertensivo.
LOMIR pode também ser adicionado a um tratamento anti- hipertensivo já existente.
Quando LOMIR for administrado simultâneamente com a cimetidina, a posologia de LOMIR deve ser reduzida em 50% (consulte a seção "Interações").
As cápsulas de LOMIR SRO devem ser deglutidas inteiras.

LOMIR e LOMIR SRO - Tratamento da superdosagem
Embora não tenham sido relatados casos de intoxicação por LOMIR, os dados disponíveis indicam que a superdosagem resultaria em hipotensão acentuada e prolongada, que necessitaria de assistência cardiovascular (por exemplo, administração i.v. de líquidos ou de expansores do plasma) com vigilância da função cardio-respiratória e do volume do sangue circulante. Os vaso-constritores podem ser benéficos sempre que seu uso não seja contra-indicado. Pode-se também recorrer ao cálcio i.v.