Ações terapêuticas.
Estimulação gonadal.

Propriedades.
Hormônio extraído da urina de mulheres grávidas (produzida pela placenta). A ação da gonadotrofina coriônica humana (HCG) é quase idêntica à do hormônio luteinizante da hipófise (LH) e, em geral, usada para compensar a deficiência deste. Pode ter um pequeno efeito de hormônio folículo-estimulante (FSH). Na criptorquidia pré-puberal, estimula a produção de andrógenos dos testículos, o que origina o desenvolvimento de características sexuais secundárias e pode estimular a descida dos testículos. Infertilidade feminina: em pacientes com níveis inadequados de gonadotrofina, a HCG substitui a LH para produzir ovulação nos folículos ováricos preparados por FSH ou clomifeno. Insuficiência de corpo lúteo: promove o desenvolvimento e manutenção do corpo lúteo e estimula a produção ovárica de progesterona. A ovulação pode ser produzida nas 18 horas que se seguem à administração de gonadotrofina coriônica. É eliminada por via renal, 10 a 12% em 24 horas.

Indicações.
Criptorquidia, infertilidade masculina e feminina, hipogonadismo hipogonadotrópico.

Posologia.
Hipogonadismo hipogonadotrópico masculino: via IM, 1.000 a 4.000 unidades 2 a 3 vezes por semana, durante várias semanas ou meses. Indução à ovulação: IM, 5.000 a 10.000 unidades 5 a 7 dias após a última dose de clomifeno. Doses pediátricas criptorquidia pré-puberal: IM, 1.000 a 5.000 unidades 2 a 3 vezes por semana, durante várias semanas, interrompendo-se quando se alcança a resposta desejada.

Reações adversas.
O uso de HCG para induzir a ovulação é associado com uma elevada incidência de nascimentos múltiplos e também com um aumento do risco de tromboembolismo arterial. Podem ocorrer distensão abdominal, dor de estômago ou pélvica (pelo aumento do ovário), aumento das mamas, cefaléias, irritabilidade, cansaço e edemas.

Precauções.
Se os ciclos ovulatórios não ocorrerem após um período de 3 a 6 ciclos de terapêutica, esta deverá ser reavaliada. Pacientes com criptorquidia: se não aparecerem sinais de melhora durante o ciclo inicial, é indicada a cirurgia; o tratamento deverá ser suspenso se aparecerem sinais de puberdade prematura.

Contra-indicações.
Hipertrofia ou tumor da hipófise. Criptorquidia com puberdade prematura. Indução da ovulação: hemorragia vaginal anormal de origem indeterminada. Tumores fibróides do útero, cisto ou aumento ovariano, tromboflebite ativa. Hipogonadismo masculino; carcinoma de próstata ou outras neoplasias dependentes de andrógenos. A relação risco-benefício deverá ser avaliada na presença de asma, doença cardíaca, epilepsia, cefaléia ou enxaqueca e disfunção renal.