Ações terapêuticas.

Anti-hipertensivo. Inibidor da enzima conversora da angiotensina (ECA).

Propriedades.

Usado como maleato, é um derivado dos aminoácidos L-alanina e L-prolina. É absorvido de forma rápida e rapidamente hidrolisado em enalaprilato, inibidor da enzima de conversão de angiotensina de ação prolongada.

Indicações.

Em todos os graus de hipertensão essencial e na hipertensão vasculorrenal. Pode ser empregado como indicação inicial ou associado com outros agentes anti-hipertensivos, principalmente diuréticos.

Posologia.

Só deve ser administrado por via oral. A dose usual diária varia de 10 a 40mg em todas as indicações. Pode ser administrado 1 ou 2 vezes ao dia. A dose máxima é de 80mg/dia. Quando houver insuficiência renal, insuficiência cardíaca congestiva ou o paciente estiver recebendo tratamento com diuréticos, deverá ser administrada uma dose inicial mais baixa. Hipertensão arterial essencial: dose inicial de 5mg/dia. A dose de manutenção é de 20mg uma vez ao dia, ajustando-a conforme as necessidades de cada paciente. Em indivíduos com mais de 65 anos, a dose inicial é de 2,5mg. Hipertensão vasculorrenal: dose inicial de 2,5 a 5mg, para realizar um ajuste posterior conforme o quadro clínico do paciente. Aqueles que estiverem em tratamento com diuréticos deverão suspendê-lo 2 ou 3 dias antes de iniciar o enalapril; se não for possível, a dose inicial deve ser baixa (2,5 a 5mg) para determinar o efeito sobre a tensão arterial. Insuficiência cardíaca congestiva: dose inicial de 2,5 a 5mg através de cuidadoso controle médico. Dose usual de manutenção: 10 a 20mg diários em dose única ou divididos.Durante o tratamento a pressão arterial e a tensão renal devem ser controladas.

Reações adversas.

Em geral são leves e transitórias. As mais comuns são sensação de instabilidade e cefaléias. Em raras ocasiões, fadiga e astenia, hipotensão ortostática, síncope, náuseas, cãibras musculares e erupção cutânea. Podem ser aumentados os valores séricos de uréia e creatinina, em geral quando é administrado com diuréticos. Em alguns pacientes foram descritos ligeira diminuição da hemoglobina, hematócrito, plaquetas e leucócitos, e aumento das enzimas hepáticas.

Precauções.

Hipotensão sintomática após a dose inicial ou no curso do tratamento, principalmente em pacientes com insuficiência cardíaca e em tratamento com diuréticos. Nestes casos reduzir a dose ou suspender o tratamento com enalapril de forma transitória. Em pacientes com função renal alterada, foi observado um aumento de creatinina e uréia séricas, reversível com a supressão do tratamento. Pode ocorrer edema angioneurótico no rosto, extremidades, glote, língua ou laringe. Nestes casos o tratamento deve ser suspenso até que desapareça a tumefação. Somente deverá ser empregado durante a gravidez se o benefício justificar o risco potencial para o feto, pois pode produzir hipotensão fetal, baixo peso ao nascer e decréscimo da perfusão renal; portanto, devem ser controlados o fluxo de urina e a tensão arterial do neonato no momento do nascimento.

Interações.

Seu efeito é potencializado ao ser administrado com outros anti-hipertensivos. A prescrição junto com propranolol reduz as concentrações séricas de enalaprilato. Não é aconselhável sua utilização junto com suplementos de potássio ou diuréticos retentores de potássio como espironolactona, triantereno ou amilorida, já que pode produzir aumento de potássio sérico.

Contra-indicações.

Hipersensibilidade à droga. Estenose unilateral ou bilateral da artéria renal. Gravidez.